sábado, 29 de outubro de 2016

OS DEMÔNIOS

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Jesus envia os doze discípulos 

Marcos 6
12 E, saindo eles, pregavam que se arrependessem. 

13 E expulsavam muitos demônios, e ungiam muitos enfermos com óleo, e os curavam.

O estudo que faremos abaixo a respeito do gadareno possesso resume bem a esfera da ação dos demônios, como atuam no ser humano, até onde podem chegar dentro da permissividade de Deus, o poder do Nome de Jesus e dos discípulos do Mestre. 

“O GADARENO POSSESSO”

Chegaram então ao outro lado do mar (mar da Galiléia), à província dos gadarenos, que está defronte da Galiléia. E, quando desceu para a terra, saiu-lhe ao encontro, vindo da cidade, um homem que, desde muito tempo, estava possesso de demônios e não andava vestido nem habitava em qualquer casa, mas tinha a sua morada nos sepulcros. E nem ainda com cadeias podia alguém prendê-lo; porque, tendo sido muitas vezes com prisões e cadeias, as cadeias foram por ele feitas em pedaços, e os grilhões em migalhas. E era impelido pelos demônios para os desertos e ninguém o podia domar. Tão ferozes eram que ninguém podia passar por aquele caminho. E sempre, de dia e de noite, andava pelos sepulcros e pelos montes, gritando, e ferindo-se com pedras. E, quando viu Jesus ao longe, correu, adorou-o e prostrou-se diante Dele. 

E, clamando com grade voz, disse: - Que tenho eu contigo, Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Conjuro-te por Deus que não me atormentes. 

Porque Jesus ordenara ao espírito imundo que saísse do homem: pois já havia muito tempo que se apoderara dele. 

E perguntou-lhe Jesus: - Qual é o teu nome?

Respondeu-lhe ele: - Legião é o meu nome, porque somos muitos. 

E rogava-lhe muito que não os enviasse para fora daquela província (região), que não os mandasse para o abismo. Ora, andava ali pastando no monte uma grande manada de porcos. 

E os demônios rogaram-lhe, dizendo: - Se nos expulsas, permite-nos que entremos naquela manada de porcos. 

Disse-lhes Jesus: - Ide 

E, saindo àqueles espíritos imundos, entraram nos porcos. E a manada se precipitou por um despenhadeiro no mar (eram quase dois mil) e afogou-se no mar. E os que apascentavam os porcos fugiram, e o anunciaram na cidade e nos campos. E muitos foram ver o que era aquilo que tinha acontecido. Chegando-se a Jesus, viram o homem de quem havia saído os demônios, assentado aos seus pés, vestido e em perfeito juízo. E temeram. E os que tinham visto aquilo lhes contaram como havia acontecido ao endemoninhado, e acerca dos porcos. E eis que toda a cidade saiu ao encontro de Jesus. E, vendo-o, rogaram-lhe que se retirasse dos seus termos, porque estavam possuídos de grande medo. E, entrando ele no barco, rogava-lhe o que fora endemoninhado que o deixasse estar com Ele. 

Jesus, porém, não lho permitiu, mas disse-lhe: - Vai para a tua casa, para os teus, e anunciam-lhes quão grandes coisas o Senhor te fez e como teve misericórdia de ti. Ele se retirou, pois, e começou a publicar em Decápolis tudo quanto lhe fizera Jesus. E todos se admiravam. 

PROVÍNCIA DOS GADARENOS. A tempestade que antecedeu este episódio foi provocada pela legião de demônios que tentava impedir a chegada de Jesus ao território dos gadarenos, pois os espíritos malignos já imaginavam o que o Senhor iria fazer ali. 

MAS TINHA A SUA MORADA NOS SEPULCROS (cemitério). Os espíritos malignos têm uma especial predileção por sepulturas e cemitérios. E, ainda nos dias de hoje, continuam preferindo estes locais para os mais pesados trabalhos de magia negra e necromancia. Satanás vê o cemitério como um símbolo de triunfo sobre a vida. É uma espécie de troféu para o adversário – o autor da Morte. No cemitério, o diabo está em seu habitat, porque ele é “homicida desde o princípio” (Jo 8.44) e se compraz em “matar, roubar e destruir” (Jo 10.10). 

LEGIÃO É O MEU NOME, PORQUE SOMOS MUITOS. Uma legião do exército romano era constituída de seis mil soldados. Se o porta-voz destes espíritos está usando a mesma referência, então, naquele único homem, habitavam seis mil demônios. Uma lei da física diz que dois corpos não podem ocupar o mesmo espaço ao mesmo tempo. Como um espírito não possui matéria, torna-se possível a tantos demônios se sobreporem num único espaço. 

QUE NÃO OS ENVIASSEM PARA FORA DA REGIÃO. Aquela região, a leste do mar da Galiléia, numa época bem anterior a Jesus, era o território dos amonitas, moabitas e gileaditas, grandes praticantes de feitiçarias e cultos pagãos que envolviam, inclusive, sacrifícios de crianças (1Rs 11.5-7; Os 6.8,9). Os espíritos malignos se acostumaram com aquela região, devido às práticas religiosas do passado. No mundo todo, há diversas regiões e territórios ocupados por principados e potestades onde os demônios, há milhares de anos, agem com maior intensidade. Esses espíritos, graças aos domínios transferidos pelas oferendas das pessoas, tornam-se príncipes e autoridades destes lugares. Quando o profeta Daniel, na Babilônia, orou e começou o jejum, a resposta demorou vinte e um dias. O anjo de Deus lhe explicou a demora, dizendo: “Não temas, Daniel, porque desde o primeiro dia, em que aplicaste o teu coração a compreender e a humilhar-te perante o teu Deus, são ouvidas as tuas palavras; e eu vim por causa das tuas palavras. Mas o príncipe do reino da Pérsia se pôs defronte de mim vinte e um dias, e eis que Miguel, um dos primeiros príncipes, veio para ajudar-me, e eu fiquei ali com os reis da Pérsia” (Dn 10.12,13). Ou seja: A resposta da oração veio no primeiro dia, mas o anjo enviado a Daniel ficou retido (impedido) numa batalha espiritual com o principado que agia na Pérsia, numa oposição que durou vinte e um dias. Esses principados que agem nos ares são extremamente poderosos. O único que tem poder para derrubá-los é o Senhor (Lc 10.18). Para destronar estas potestades, a pessoa deve entronizar Jesus como Autoridade Suprema e único Rei e Dominador. Caso contrário, os espíritos malignos continuarão controlando suas vidas, parentes, casas e cidades e territórios, com todas as terríveis consequências de opressão, sofrimento e atraso. 

O ABISMO. A perspectiva de serem enviados ao Abismo os deixou completamente apavorados, o que mostra quão terrível é aquele lugar. Este episódio também nos mostra que os demônios, ao serem expulsos, podem ter opções, É melhor dar uma ordem clara e mandá-los para o Abismo, de onde custam a sair. 

E A MANADA SE PRECIPITOU POR UM DESPENHADEIRO. Não adiantou nada: os demônios terminaram no abismo do mesmo jeito. 

ERAM QUASE DOIS MIL. No Brasil, o preço do suíno vivo gira em torno de US$ 1.20 por quilo. Considerando que o porco para abate pesa cerca de cem quilos, podemos calcular que o prejuízo dos suinocultores gadarenos foi de aproximadamente US$ 240,000! Alguém pode se escandalizar com Jesus, por ter causado tal prejuízo. Mas pense bem: se você cria um porco e o mata no final de ano, quem poderia censurar? O porco é seu! Ora, Jesus é o Dono de todas as coisas e pode fazer o que quiser com aquilo que Lhe pertence (Mt 20.15; Sl 24.1). Mas o prejuízo dos gadarenos só foi permitido pelo Senhor porque a criação e abate de porcos para a alimentação não é licenciada na Torá (Lv 11.7; Dt 14.8). Os gadarenos sabiam disso e, evidentemente, estavam dispostos a pagar o preço. Já que não obedeciam a Lei neste item, é lógico que também não eram dizimistas, mesmo porque o templo não aceitaria a décima parte em porcos. Sem a blindagem que a fidelidade ao dízimo oferece, os gadarenos estavam sujeitos a tais prejuízos. A recusa em se sujeitar à vontade de Deus fica mais patente ainda quando os gadarenos pedem ao Senhor da criação que vá embora...

QUE (JESUS) SE RETIRASSE DOS SEUS TERMOS. É irônico constatar que Jesus expulsou os demônios do território dos gadarenos e que os gadarenos expulsaram Jesus do seu território. Conseguiram aqquilo que nem os demônios haviam conseguido com a força da tempestade. Preferiram os porcos ao Cordeiro, o material ao Espiritual, as trevas à Luz, os principados ao Rei do Universo. Jesus nunca força uma situação. Humildemente, Ele se retira de onde não é desejado. 

E COMEÇOU A PUBLICAR. Esta foi a razão pela qual Jesus não permitiu que aquele homem, agora liberto e transformado, O acompanhasse já que os gadarenos Lhe haviam mandado embora. Ele deixou ali um eficiente pregador do Evangelho, que não foi anunciar somente aos da sua casa, mas a todos em Decápolis. Aquele homem, por ser conhecido em toda a região como “O endemoninhado Gadareno” tornou-se, por si só, uma pregação ambulante sobre o poder do Senhor Jesus para libertar, restaurar, transformar e salvar. Vale a pena registrar que a porção do Evangelho de Mateus narra este episódio de maneira narra este fato no capítulo 8, e a sua chamada para seguir Jesus, conforme relato de próprio punho, aconteceu apenas no capítulo 9. Isso prova que, quando Jesus expulsou a legião. Mateus ainda não pertencia ao grupo dos doze apóstolos de Jesus. Portanto, não foi testemunha ocular da experiência em Gadara. Como Lucas fez um relato investigativo, consultando testemunhas vivas à época, e coincidente com o relato de Marcos, que conviveu inclusive com Pedro (1Pe5.13), é certo que existiu apenas um endemoninhado gadareno. A confusão pode ter sido causada pelo relato de que eram vários demônios falando. Porém, este detalhe em nada altera a narrativa, tanto de Mateus como de Marcos e Lucas, sobre o incrível Poder e Autoridade do Senhor para destruir legiões e principados. 

DECÁPOLIS. Uma região de dez cidades, onde predominava a cultura grega. Seus moradores eram gentios. 

Sete coisas inúteis: Os demônios: 1- Viram Jesus de longe e se aproximaram... 2- Prostaram-se com temor... 3- Adoraram a Jesus... 4- Reconheceram que Jesus é o Filho do Deus Altísismo... 5- Creram no seu grande poder... 6- Rogaram com muita fé... 7- E até foram atendidos... Mas acabaram no abismo! Isto mostra que toda a adoração e fé no Senhor é inútil sem a obediência. A obediência é requisito fundamental do Reino de Deus. Por isso a palavra declara: “Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar” (1 Sm 15.22b). Jesus também disse: “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor, entrará no Reino dos Céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos Céus” (Mt 7.21). Tiago, que foi meio-irmão do Senhor Jesus e chefe da igreja em Jerusalém, por voltado ano 45 d.c. escreveu em sua carta: “Tu crês que há um só Deus? Fazes bem; também os demônios e creem e estremecem” (Tg 2.19). Os demônios conseguem crer em Deus e em Jesus mais do que qualquer pessoa na face da terra, porque creem não por fé, mas por terem visto. Conhecem o Senhor há milhares de anos. No entanto, não O obedecem. Acreditar em Deus não é o grande mérito. O meritório para qualquer pessoa é obedecer-Lhe e fazer a sua vontade enquanto se estiver aqui na terra, conforme fez o próprio Senhor quando homem: “Porque eu desci do Céu não para fazer a minha vontade, mas a vontade Daquele que me enviou” (Jo 6.38). “E aquele me enviou está comigo; o Pai não me tem deixado só, porque eu sempre faço o que Lhe agrada” (Jo 8.29). Tal pessoa jamais poderá ser tocada pelo maligno porque, verdadeiramente, entronizou Jesus como Único Rei e Senhor.

ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL CENTRAL GOSPEL ESBOÇO - Subsídio da Lição 5

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AULA EM___DE______DE 2016 – LIÇÃO 5

(Revista: Central Gospel - nº 48)

Tema: Angústia, o Gemido Silente 

Texto Áureo: Sl 34.19
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PALAVRA INTRODUTÓRIA

- Professor (a), nesta lição procure passar para a classe que desde a queda, existir é experimentar um permanente estado de angústia, gememos em nós mesmos (Rm 8.23). 

- A realidade da angústia não deve impressionar e nem muito menos aprisionar nossa consciência , pois não há meios de extinguir tal emoção (Fp 4.8). 

- Devemos identificar as origens das emoções: são orgânicas, psíquicas ou espirituais? Estaremos aptos a vivenciá-las, sem somatizações, quando a chamarmos pelo seu devido nome. 

- Não devemos também subtrair o nosso caráter e personalidade, o caráter nos leva a sondar ó nosso mundo interior das emoções 

- Nós cristãos, importa saber que no dia da angústia se nos mostrarmos fracos, nossa força será pequena (Pv 24.10), e importa a nós saber que o Senhor nos livrará dela (Sl 81.7a; 50.15). bastar colocar tal sentimento que nos aflige diante de Deus para que Ele faça cumprir a sua vontade em nós (Lc 22.42-44). _______________________________________________

1. CRISE, UM AGENTE PROPULSOR DE ANGÚSTIAS.

- “Crise de desenvolvimentos” – Como podemos resolver esse tipo de crise? Ajustando-nos aos novos momentos e resolvendo as situações das fases anteriores para que estas não sejam projetadas nas seguintes. 

- “Crises acidentais ou situacionais” – Podem ser deflagradas pela fragmentação da família, pelo divórcio, pela perda de um ente querido, de um cônjuge, ou de um filho. Podem serem causadas por perda de emprego, crise financeira, falências e concordatas. 

- “Crises existenciais” – Na questão da filosofia, que impulsionam o homem na busca da sua própria identidade, ai surge as seguintes perguntas: Quem sou eu? O que estou fazendo aqui? Para onde irei? 

1.1. Definição do termo angústia

- “Sentir-se angustiado” – Portanto, é sinônimo de inquietude, apertura, agonia, (Mt 6.31-34;Fp 4.6). martírio, profunda opressão no coração, tudo isso resulta de sermos seres viventes. 

- “É inerente ao ser humano” – Atinge a todas as classes sociais sem distinção, não importa as condições, as aflições fazem parte da condição humana de maneira inseparável. 

- “Todos pensam refletem” – Todos indistintamente têm o seu senso (mente/reflexão) de justiça, não fomos criados como seres robotizados, e quando enfrentamos algum tipo de crise existencial. 

- “A vida humana no meio comprometido com o mal” – Como resultado da queda do primeiro casal no jardim de delícias o Éden, o homem a angústia se materializa nas formas mais variadas de pecado (Gl 5.19-21). 

1.2. Causas da angústia

- “Psicológicas” – Muitas das vezes a angústia está ligada a traumas entre os familiares, lembremos dos profetas que foram antes de nós. 

- “Circunstanciais” – Situações de perigo, tipos de opressões que todos experimentam em determinado período da vida. 

- “Subjetivas” – Sentimentos de atos pecaminosos, podem serem causas da angustia, principalmente os que se rebelam contra a vontade do Altíssimo, como consequência são afligidos, corações abatidos, torpeçam sem que ninguém possa ajudar. 

- “Esmagado pela consciência” – Como consequência de transgredir a lei de Deus, o homem sente-se angustiado e possivelmente ter rompido a sua comunhão com o Eterno. Esse tipo de arrependimento só poderá ser resolvido, sanado com o arrependimento e confissão das prática do mal (Pv 28.13). 

2. PERSONALIDADES BÍBLICAS E A ANGÚSTIA.

“A ninguém excetua” – Ninguém está livre desse tipo de sentimento, até homens espirituais, devotos no seu tempo, piedosos, consagradas a Deus, em algum tempo de sua vida foram acometidos por esse sentimento, essa tempestade de aflição de espírito chamada angústia em suas mais diferentes formas. 

2.1 - A experiência de José – Foi vendido por seus próprios irmãos, motivados por ciúmes em relação ao tratamento que seu pai Jacó nutria dele, seus irmãos o venderam para o Egito pelos mercadores midianitas, após o retirarem da cova que o haviam lançado por inveja, que cenário hostil em família, mas O Deus de Jacó seu pai era com José e o fez prosperar em uma das potências mais prósperas do mundo antigo. 

2.2 - A experiência do salmista – O salmista do salmo em apreço de número 107 a misericórdia de Deus em prol de seu povo Israel, os atos de Deus em prol de seu povo, inicia com a celebração da benignidade de Deus, Deus atende a necessidade de seu povo em peregrinação no deserto, a garantia de que Deus socorre quem está exílio ou na prisão, ainda que em muitos perigos e na solidão Deus poderia livrá-lo desse estado da alma, só o Senhor poderia levá-los ao caminho direito ((Sl 107.7,9). 

2.3 - A experiência de Paulo – Resume-se nesses versículos a seguir: “Pois eu tenho trabalhado mais do que eles e tenho estado mais vezes na cadeia. Tenho sido chicoteado muito mais do que eles e muitas vezes estive em perigo de morte. Em cinco ocasiões os judeus me deram trinta e nove chicotadas. Três vezes os romanos me bateram com porretes e uma vez fui apedrejado. Três vezes o navio em que eu estava viajando afundou, e numa dessas vezes passei vinte e quatro horas boiando no mar. Nas muitas viagens que fiz, tenho estado em perigos de inundações e de ladrões; em perigos causados pelos meus patrícios, os judeus, e também pelos não-judeus. Tenho estado no meio de perigo nas cidades, nos desertos, e em alto mar; e também em perigos causados por falsos irmãos. Tenho tido trabalhos e canseiras. Muitas vezes tenho ficado sem dormir. Tenho passado fome e sede; têm me faltado casa, comida e roupas. Além dessas e de outras coisas, ainda pesa diariamente sobre mim a preocupação que tenho por todas as igrejas. Quando alguém está fraco, eu também me sinto fraco e, quando alguém cai em pecado, eu fico muito aflito” (2Co.11:23-29) 

Em 2 Coríntios 4.8,9 – Em tudo somos atribulados, mas não angustiados, a aflição da alma, do homem que muitas das vezes é experimentado na obra de Deus, a opressão, a pressão, significa esmagar e causa muita dor no silêncio da alma aflita. Alguém possa estar em situação de severo aperto, onde não tem como escapar, como um animal caçado. 

Em 2 Coríntios 12.7-10 – A angústia por um espinho (farpa, estaca ou algo pontiagudo), poderia se por três motivos supostamente que alguns entendem a saber: (1) carne (corpo) – poderia ser uma enfermidade; (2) carne (natureza pecaminosa) – algum tipo de tentação que possa ter vindo de encontro ao apóstolo dos gentios, ou ainda mesmo (3) se a expressão carne for figurativa – pode se referir a perseguições ou a oposições, o espinho na carne de Paulo era uma experiência dolorosa e humilhante com o intuito de evitar o orgulho pessoal. 

2.4 - A vida do Senhor Jesus – Até mesmo o Senhor da vida, não ficou isento da angústia, quão amargos foram aqueles momentos para Jesus no Getsêmani! Uma indescritível tristeza invade seu coração. A expectativa do sofrimento que o aguardava, ele sabia de todo castigo físico e moral a que seria submetido (Lc 22.39-46). Este fato revelou a humanidade de Cristo, Deus e homem, a intensa dor de sua alma. 

3 - COMO VENCER EM TEMPOS DE ANGUSTIA.

A angústia acompanha o homem em toda a sua vida, desde o seu nascimento até a morte, é inescapável ao ser humano. Ignorá-la será desperdício de tempo e energia, com procedimentos corretos, é possível minimizá-las e até aniquilá-las. Em alguns momentos, Deus não elimina nossas aflições enquanto oramos, mas fortalece-nos diante delas para que a superemos. Jesus disse aos seus discípulos: no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo (Jo 16.33). 

3.1 - Redescobrir e celebrar a benignidade de Deus (Sl 107.1-3)

O começo desse salmo o relaciona a dois precedentes, seu principal objetivo é declarar que a benignidade do Senhor dura para sempre, Deus está disposto a recuperar todos aqueles que clamam a Ele. 

3.2 - Refirmar que Deus atende às necessidades dos que peregrinam pelos desertos (Sl 107.4-9)

Os israelitas andaram errantes pelo deserto, tiveram a sua experiência, pode ser aplicado a igreja nos desertos dessa vida, aos crentes dispersos que eventualmente andam afastados da fé e da misericórdia divina.

3.3 - Estar ciente de que Deus socorre quem está no exílio ou em prisões (Sl 107.10-16)

Quem conhece ao Senhor clama a Ele em sua aflição, mesmo que tenha ficado em tal posição por sua própria fraqueza, iniquidade e rebeldia. A misericórdia de Deus é demonstrada em atos de salvação, atos que conclamam novos louvores a Ele por sua bondade. 

3.4 - Declarar que Deus salva até mesmo o insensato (Sl 107.17-22)

Os loucos é uma expressão dura, que ressalta falha moral (Pv 1.7; 15.5). Estas pessoas provavelmente bem merecem o apuro que estão passando. Ainda assim, podem clamar ao Senhor, pois Ele as ajudará e restaurará.

3.5 – Reconhecer que Deus livra os que são surpreendidos por tempestades (Sl 107.23-32)

Quem sai ao mar pode se ver enfrentando tempestades e forças do oceano sobre as quais não tenha controle, é angustiante, deverá clamar por salvação ao Senhor. Deus o ajudará, acalmará a tempestade e o salvará (v. 29), Se assim é, porque os homens não adoram a Deus como deveriam? (v.31,32). 

3.6 - Crer que há provisões de Deus para os que se encontram em terra seca (Sl 107.33-38)

Ele converte rios em deserto, quando as pessoas pecam, Deus pode amaldiçoar a terra e afligir as pessoas com situações difíceis para reconduzi-las aos seus braços amorosos (1 Rs 17.1-7). Converte o deserto em lagos, quando o seu povo clama por seu socorro, Deus devolve a fertilidade à terra (Dt 30.1-10;Rt 1.6). 
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CONCLUSÃO

Vivemos em tempos desafiadores pós modernos, os mesmos perigos que os demais homens (Mt 5.45), é mister que passemos por perseguições a exemplo do mestre Jesus, os que quiserem viver piamente, padecerão perseguições (2 Tm 3.12), tribulações e adversidades da vida (Jo 16.33) até mesmo que excedem ao nosso controle, mas o que foge ao nosso controle, o Senhor tem todo o controle! É bem verdade que tais situações causam sentimentos que aprisionam a alma, porém que venhamos aceitar o convite do Rabi, Mestre e Senhor em Mt 11.28,29 – “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. 29 Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma”. 

- Faça a revisão com a classe repassando os pontos mais importantes.
- Corrija o questionário.

ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO

1 – A vida humana pode ser caracterizada pelos estágios de crise que o indivíduo precisa atravessar. Quais as principais crises vivenciadas pelos homens, de acordo com a lição de hoje?

Pb. André
Colaborador da EBD

“IGNORAR SATANÁS FACILITA A SUA AÇÃO CONTRA A NOSSA VIDA”

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Lucas 13.10-17

Ele o diabo, não deseja ser desmascarado. Ele não quer que falemos a respeito dele nem que conheçamos a verdade a seu respeito. Entretanto, não devemos ter receio de falar dele. Na realidade temos de conhecer muito bem o nosso adversário. O povo de Deus tem experimentado derrotas porque muitos não sabem como satanás age. 

O diabo só é eficiente quando age em segredo. Quando retiramos a sua máscara, isto é, quando discorremos abertamente a respeito dele, revelando as suas estratégias, construímos as bases para derrotá-lo. 

O inimigo (satanás) de nossas almas está escondido. Muitos cristãos veem as obras do inimigo – a doença, o sofrimento, o pecado, a violência, a perversão sexual – e insistem em relacionar esses fatos em alguma categoria teológica ou psicológica, dando-lhes nomes diferentes. 

Chegou a hora de conhecer as características de satanás, de expô-lo, de encará-lo, como Jesus fez, e de ordenar que o inimigo vá embora. O diabo não podia esconder-se de Jesus, porque este conhecia as características do adversário, Jesus sabia que satanás era o destruidor.

Um dia, enquanto Cristo estava na sinagoga ensinando, observou no meio da multidão uma mulher que estava no meio da multidão uma mulher que estava em situação desesperadora. Era tão encurvada que não podia endireitar o tronco. Vivia nessa terrível condição havia dezoito longos anos, sua situação já perdurava já quase duas décadas (20 anos). 

Jesus fez uma pausa em sua pregação e chamou-a. Ele percebeu que a situação daquela mulher era obra de satanás. Não havia dúvida ou incerteza na mente de Jesus de que aquela doença era maligna. Ele não ficou questionando se Deus desejava curá-la. Tomou uma atitude imediatamente e libertou-a das garras de satanás. 

O chefe da sinagoga por sua vez ficou indignado, irado, com o ocorrido, pelo fato de Jesus ter curado aquela mulher no sábado e disse à multidão que ninguém deveria vir para ser curado naquele dia. 

Jesus então perguntou aquele homem: Então, esta mulher, uma filha de Abraão (em ti serão benditas todas as famílias da terra, essa mulher era descendência do pai fé) a quem satanás mantinha presa por dezoito longos anos, não deveria no dia de sábado ser libertada daquilo que a prendia? (v. 16). 

Em nossa vida pessoal e em nosso ministério, temos de ser capazes de reconhecer doenças, moléstias e sofrimentos que sejam resultados da ação de satanás e dos espíritos malignos, cuja função é destruir a humanidade. 

Também devemos dispensar ao diabo e aos demônios o mesmo tratamento que Jesus lhes deu. Nota que Cristo nunca orou por um doente. Em ocasião alguma o vemos implorar: “Senhor, se for a tua vontade cura este homem!”. Ele era CONSCIENTE de que fora ungido pelo Espírito Santo e CONHECIA a vontade de Deus. 

Jesus simplesmente dava uma ordem no poder e na autoridade do Espírito Santo. Cristo disse à mulher encurvada: “Mulher, você está livre da sua doença” (v.12). E, conforme a sua palavra, assim aconteceu!

Ao leproso, ele disse: “Seja purificado!” (Lc 5.13). 

Ao filho morto da viúva, Ele ordenou: “Jovem, eu lhe digo, levante-se!” (Lc 7.14). 

Para Lázaro, no túmulo, Ele chamou: “Lázaro, vem para fora!” (Jo 11.43). 

Ao cego, Ele falou: “Recupere a visão!” (Lc 18.42). 

Quando percebia que alguém estava preso por um espírito de enfermidade, Jesus falava diretamente ao demônio, ordenando que saísse. 

Essa é a mesma dimensão de poder e autoridade que Deus deseja que tenhamos. Temos que discernir a obra do destruidor e proferir palavras de cura e de libertação, em nome de Jesus.

terça-feira, 25 de outubro de 2016

ESCOLA DOMINICAL BETEL - Conteúdo da Lição 5 - Revista Betel

A pureza do louvor na adoração
30 de outubro de 2016

Texto Áureo

“Eu te louvarei, Senhor, de todo o meu coração; contarei todas as tuas maravilhas.” Sm 9.1

Verdade Aplicada

Louvar ao Senhor não é apenas a emissão de sons, mas a entrega incondicional de tudo aquilo que somos em tributo ao Seu nome.

Textos de Referência.

Salmos 22.22-26

22 Então declararei o teu nome aos meus irmãos; louvar-te-ei no meio da congregação.
23 Vós que temeis ao Senhor, louvai-o; todos vós, descendência de Jacó, glorificai-o; e temei-o todos vós, descendência de Israel.
24 Porque não desprezou nem abominou a aflição do aflito, nem escondeu dele o seu rosto; antes, quando ele clamou, o ouviu.
25 O meu louvor virá de ti na grande congregação; pagarei os meus votos perante os que o temem.
26 Os mansos comerão e se fartarão; louvarão ao Senhor os que o buscam; o vosso coração viverá eternamente.

Introdução

A Bíblia, a Palavra de Deus é um livro de louvores e, no contexto da espiritualidade, revela ângulos magistrais da natureza relacionado Eterno Deus – o Deus das melodias perfeitas (2Cr 20.19-20.

1. Louvor: expressão da alma.

É interessante notar o quanto os poetas utilizam a música para revelar o que ocorre nas sombras de sua intimidade. O salmista Davi escreve: “Sara a minha alma, porque pequei contra Ti.” (Sl 41.4). O mesmo Davi também exclama: Bendize, o minha alma, ao Senhor.” (Sl 103.1) O louvor é utilizado (seja em poesia ou em lágrimas) como expressão da profundidade da alma.

1.1. Alegria: presença de Deus gerando festa na alma.

Muitas pessoas associam o louvor somente à alegria. Poucos conseguem compreender o louvor que nasce da crise. Contudo, é realmente bom louvar na alegria (Tg 5.13). A alegria, que o apóstolo Paulo coloca esplendida lista do fruto do Espírito (Gl 5.22), é o ingrediente mais incentivador do louvor. É ótimo poder louvar na alegria, pela alegria, com alegria e para gerar alegria. A alegria é, na realidade, o que deve distinguir a vida cristã das outras que não conhecem a Deus.

1.2. Quando o louvor enfrenta a dor.

O hino 126 da Harpa Cristã, de autoria de Frida Vingren, “Bem-aventurança do crente”, tem uma frase emblemática: “Os mais belos hinos e poesias foram escritos em tribulação e do céu as lindas melodias se ouviram na escuridão”. O louvor que enfrenta a dor parece rasgar a alma. Ele vem das profundezas de uma interioridade inflamada, e, na contramão da alegria, produz salmos. Vivemos numa sociedade (e igreja) viciada em sucesso, que conspira contra a ideia da dor. Parece ser proibido sofrer, na atualidade. Contudo, são nessas crises, noites assustadoras, que o louvor se levanta como triunfo. Por isso é que o apóstolo Paulo louvou de forma tão bela: “Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente.” (2Co 4.17).

1.3. O louvor como testemunho das grandezas de Deus.

No texto bíblico de Atos 4.32, há um detalhe interessante: “E era um o coração e a alma da multidão dos que criam”. A mesma alma, mesmo sentimento, mesma motivação, mesma direção. Quando isso acontece, o louvor se transforma num poderoso testemunho da ação e das grandezas de Deus. Principalmente hoje, nessa sociedade do egoísmo, onde o individualismo cega e acirra o processo doentio das competições, ter a mesma alma é quebrar padrões, apregoar a verdade do Deus que nos une, mantém e sustenta em Seu amor. Uma das mais poderosas formas de louvor a Deus é a comunhão honesta, sincera, desinteressada e plena. As festas de Israel tinham esse alvo: louvar ao Deus em comunidade, gratos por Sua atuação e cuidado.

2. A atualidade e a crise do louvor.

Infelizmente, a atualidade enfrenta uma séria crise no louvor. Deslizes teológicos, pobreza artística, hermenêutica frágil, ausência de vida com Deus. Louvar não é apenas misturar rimas e sons, é o produto do caráter, da autêntica vida com Deus, da verdadeira espiritualidade.

2.1. O perigo da sedução da grandeza.

A maioria das pessoas hoje vive um dilema: o louvor também pode acontecer no anonimato? A ideia que impera é de que o chamado “ministro de louvor” é aquele que lidera um grande “ministério”, com orquestra profissional, badalação e mídia suficiente para lotar estádios. É a adoração corporativista. Aquele irmão da congregação na periferia, com um violão inferior e uma voz pouco privilegiada, do ponto de vista dessa geração corporativista, não é um ministro de louvor. Essa sedução da grandeza é perigosa porque tira o foco de Deus dos nossos olhos.

2.2. Culto show?

A ideia secularizada dos templos/shoppings e dos cultos/shows tem sido altamente negativa para a espiritualidade hodierna. Muitos vão aos “cultos” em busca de entretenimento religioso e não de uma oportunidade para prestar (e não assistir) um culto ao Senhor. Ao invés de adoradores, temos consumidores, gente atrás da antiga política dos romanos (pão e circo), ao invés das grandes realidades da graça. Uma espiritualidade sacrificada no altar do sucesso está mais próxima dos ideais de um certo querubim (Ez 28.14-15), do que de um carpinteiro que pregava a humildade (Mc 6.3).

2.3. Celebridades ou servos.

Algumas pessoas costumam atribuir esse crescimento dos tais “ministérios de louvor” a um avivamento, contudo, não há avivamento sem três coisas fundamentais: humildade, quebrantamento e renúncia. O número de “celebridades” cristãs aumentou imensamente. Nossos “artistas” disputam espaço na mídia, convivem como iguais entre os artistas seculares, que, por sua vez, quando começam a cair no esquecimento, correm para o meio “gospel”. È questionável esse nome “artista”, Pois artista é quem produz arte, e, no meio evangélico atual, há uma pobreza artística gritante. Letras medíocres, teatro sempre procurando incutir medo ao invés de amor.

3. A presença de Deus e o louvor.

Por incrível que pareça, vivemos um tempo onde a presença de Deus é pouco desejada (quando não é descartada). O louvor, seja ele na música ou na oração, celebra a presença santa do Eterno e Maravilhoso Deus.

3.1. Louvando sem palavras.

Quando a presença de Deus é real em nosso meio, as palavras somem. Ficamos numa dimensão sagrada, flutuando na graça, deixando o vento do Espírito nos levar. Em João 3.8, Jesus diz a Nicodemos: “o vento assopra onde quer.” Essa capacidade do Espírito de Deus de ser livre, de soprar sem pedir licença, na vida dos que estão dentro e fora dos “padrões” oficiais, alegra nossa alma e é o combustível máximo da espiritualidade. È o vento que vem para nos levar às altura, ao encontro do Pai.

3.2. Refletindo Deus no louvor.

Uma das dimensões mais tremendas da presença de Deus é que ela pode se manifestar através de nós. O irmão pode ver Deus em meu rosto e eu posso sentir os braços do Pai ao abraçar o irmão (Rm 8.29). Quando louvamos com sinceridade de coração refletimos Deus ao mundo, pregamos um Evangelho sem palavras, gesticulamos a graça para uma sociedade surda.

3.3. Uma presença que não abandona.

Outras presenças se cansam. No entanto, Deus nos garante: “todos os dias” (Mt 28.20). Não é uma presença que aparece somente no domingo ou no “louvorzão”. É uma presença que nos faz louvar na hora da agonia, da cruz. É a presença que desafia o caos. Na passagem bíblica de 2 Reis 13.20-21, há um acontecimento magistral: o profeta Eliseu foi sepultado; quando um grupo de invasores chega, alguém lança um cadáver na sepultura de Eliseu e a Palavra de Deus diz: “E, caindo nela o homem e tocando os ossos de Elizeu, reviveu e se levantou sobre os seus pés.” Até mesmo na morte, na sepultura fria a presença que não abandona produz motivos de louvor.

Conclusão.

O louvor verdadeiro está muito além de verbalizações musicais, de danças e coreografia rasas, gritos e convites a demonstrações de poderio numérico. O louvor verdadeiro nos conduz à intimidade com Deus, a uma espiritualidade sem máscaras, face a face, louvamos ao Deus Onisciente.

Questionário.

1. Qual é a expressão da profundidade da alma?

2. Qual é o ingrediente mais incentivador do louvor?

3. Qual é uma das mais poderosas formas de louvor a Deus?

4. Qual é uma das dimensões mais tremendas da presença de Deus?

5. O que Deus nos garante?

Pb. André 
Colaborador da EBD 

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