quarta-feira, 30 de novembro de 2016

ESCOLA DOMINICAL BETEL - Conteúdo da Lição 10


A adoração em tempo integral

4 de dezembro de 2016

Texto Áureo

“Porque dele, e por ele, e para ele são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém.” Rm 11.36

Verdade Aplicada

Adoração envolve tudo o que está no interior da pessoa e tudo o que está fora dela.

Textos de Referência.

Romanos 12.1-3

1 Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis o vosso corpo em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.

2 E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.

3 Porque, pela graça que me é dada, digo a cada um dentre vós que não saiba mais do que convém saber, mas que saiba com temperança, conforme a medida da fé que Deus repartiu a cada um.

Introdução

Percebe-se que há uma forte negligência na adoração verdadeira em muitas igrejas e, muito do que é feito em nome da adoração hoje, na realidade desonra a Jesus Cristo.

1. O conceito de adoração de Paulo.

O apóstolo Paulo faz uma forte declaração em Romanos 12.1-2 sobre o conceito de adoração em tempo integral. Essas suas palavras vêm depois do que possivelmente é a maior exposição de teologia de toda a Escritura.

1.1. Adoração como um novo estilo de vida.

A adoração é para a vida cristã o que a mola mestra é para um relógio, o que o motor é para um carro. A adoração é o núcleo, o elemento essencial. A adoração não pode ser isolada ou relegada a um único lugar, tempo ou segmento de nossa vida. Não podemos expressar em palavras todo o agradecimento e louvor a Deus enquanto levamos uma vida de egoísmo e carnalidade. Esse tipo de adoração acaba por revelar-se uma perversão. Atos verdadeiros de adoração devem ser o transbordamento de uma vida em adoração perpétua.

1.2. Adoração através de nosso relacionamento exterior.

A adoração pode ser refletida em nosso comportamento em relação aos outros. “Porque quem nisto serve a Cristo, agradável é a Deus e aceite aos homens.” (Rm 14.18). O que significa esta oferta agradável Deus? O contexto revela que é ser sensível ao irmão mais fraco (Rm 14.13). Quando tratamos os irmãos em Cristo com o tipo adequado de sensibilidade, isso é um ato aceitável de adoração. Esse ato honra ao Deus que criou essa pessoa e esse ato também reflete a compaixão e o cuidado de Deus. O evangelismo também é uma forma de adoração aceitável (Rm 15.16). Assim, a adoração pode ser expressa ao compartilhar o amor com irmãos em Cristo, pregar o Evangelho aos descrentes e atender as necessidades das pessoas num nível material. A adoração aceitável é dar. É um amor que compartilha (Fp 4.18).

1.3. Adoração através de nosso comportamento pessoal.

Efésios 5.8-10 diz: “Andai como filhos da luz (porque o fruto do Espírito está em toda bondade, e justiça, e verdade), aprovando o que é agradável ao Senhor”. A palavra agradável vem do grego e significa “aceitável”. Nesse contexto, refere-se à bondade, justiça e verdade, dizendo claramente que fazer o bem é um ato aceitável de adoração a Deus. Paulo, aconselhando a Timóteo (1Tm 2), exorta para que os cristãos orem pelas pessoas investidas de autoridade de modo que os cristãos possam ter vida tranquila e serena, em toda piedade e honestidade. Portanto compartilhar é um ato de adoração e esse é o efeito da adoração sobre os outros. Fazer o bem é igualmente um ato de adoração e esse é seu efeito em nossa vida.

2. A adoração como prioridade de vida.

Maria procurou sentar-se aos pés do Mestre em adoração. Resolveu priorizar a adoração em sua vida, escolheu a boa parte (Lc 10.41-42), o que não lhe seria tirada. A adoração de Maria teve significado eterno, enquanto a tarefa de Marta nada significou além daquela tarde especial.

2.1. O exemplo do culto de Abel.

Hebreus 11 contém uma lista de heróis da fé do Antigo Testamento e o primeiro deles é Abel. Ele foi um verdadeiro adorador. Sua adoração estava de acordo com a vontade de Deus e o plano de Deus. Sua oferta foi aceita por Deus. Isso é tudo o que sabemos sobre a vida dele. Esse adorador “depois de morto ainda fala” (Hb11.4). Vemos a grande diferença entre adoração de Abel e Caim. Ambos eram pecadores e reconheciam o direito de Deus à reverência e à adoração. Segundo a aparência exterior, sua religião era a mesma até certo ponto, mas o registro bíblico nos mostra que a diferença entre os dois era grande. Essa diferença estava na obediência de um e na desobediência do outro.

2.2. O exemplo da adoração de Enoque.

A segunda pessoa que Hebreus relaciona é Enoque. Ele adorava a Deus através de seu andar. Ele andou com Deus e viveu uma vida piedosa, fiel e dedicada. Um dia, ele andou da terra para o céu! (Gn 5.21-24). O nome Enoque significa “dedicado ou disciplinado”. Fiel ao significado do seu nome. Enoque dedicou-se a Deus e disciplinou-se no meio de uma geração corrompida e perversa (Fp 2.15). Andar com Deus significa ter um conhecimento cada vez mais íntimo dEle. Não se pode andar dignamente com Deus sem primeiro ter um verdadeiro conhecimento de quem Ele é e o que Ele deseja para nós (Cl 1.10).

2.3. O exemplo de adoração de Noé.

O terceiro citado na lista de adoradores é Noé. Quando pensamos em Noé, nos vem à mente a palavra “trabalho”. Ele adorou a Deus com seu trabalho. Neste trabalho, estava a sua fé e obediência. Passou 120 anos construindo a arca. Homem justo e íntegro. Noé recusou seguir o caminho do mundo. Ele foi muito atento à vontade de Deus. Quando Deus mandou fazer a arca. Noé obedeceu (Gn 6.22). Por esta fé obediente, ele é usado como exemplo ao longo da história bíblica (Hb 11.7).

3. A centralidade da adoração na Bíblia.

Desde o início (Gênesis) até a consumação (Apocalipse), a doutrina da adoração está entrelaçada na urdidura e na trama do texto bíblico (Dt 6.4-5; Mc 12.29-30).

3.1. A adoração no Antigo Testamento.

A adoração no Antigo Testamento devia ser uma preocupação contínua para o povo de Deus. O tabernáculo foi projetado para enfatizar a prioridade da adoração e exclusivamente para a adoração. Era o lugar onde Deus se encontrava com Seu povo. Usá-lo para qualquer outra coisa que não fosse adoração era considerado a mais rude blasfêmia. No tabernáculo não havia assentos. Eles não iam até lá com o objetivo de se entreterem. Eles iam ao tabernáculo para adorar a Deus e servir-lhe. Se precisassem se reunir para qualquer outro propósito, eles o faziam em outra parte.

3.2. O tabernáculo.

A organização do acampamento sugere que a adoração era central a toda a atividade. O tabernáculo se situava no centro do acampamento. Imediatamente a ele, ficavam os sacerdotes que lideravam a adoração. Um pouco mais adiante do tabernáculo se posicionavam os levitas, que estavam envolvidos no culto. Mais longe, ficavam dispostas as várias tribos, cada uma de frente para o centro, o lugar da adoração. Tudo isso nos ensina que quem usa a sua vida para qualquer outro propósito que não seja a adoração, independentemente de quão nobre possa ser esse propósito, é culpado de sério pecado.

3.3. A adoração no Novo Testamento.

No Novo Testamento, toda a pregação está voltada para a adoração. A pregação é um aspecto insubstituível de toda adoração coletiva (2Tm 4.2). Todo o culto deve girar em torno da Palavra. Tudo mais é ou preparatório ou é uma resposta à mensagem das Escrituras. Quando se permite que o teatro, a música, a comédia ou outras atividades usurpem o lugar da pregação da Palavra, a verdadeira adoração sofre inevitavelmente. Quando a pregação é submetida à pompa e à circunstância, isso também impede a verdadeira adoração. Um culto sem Palavra é de valor questionável. Além disso, uma “igreja” na qual a Palavra de Deus não é regular e fielmente pregada, não é uma verdadeira igreja.

Conclusão.

A adoração precisa ser compreendida como a somatória de tudo que fazemos. Nossas atitudes devem ser transformadas em atos de adoração a Deus. É necessário que compreendamos que nossa adoração é de tempo integral. Você nasceu para ser um adorador.

Questionário.

1. O que o apóstolo Paulo faz em Romanos 12.1-2?

2. Segundo a lição, o que é o evangelismo?

3. Quando Deus mandou fazer a arca, o que Noé fez?

4. No que a doutrina da adoração está entrelaçada?

5. DE acordo com a lição, o que é a pregação?

Pb. André
Colaborador da EBD. 

ESCOLA DOMINICAL BETEL - Conteúdo da Lição 9 - Revista da Betel


A Oração como Adoração
27 de novembro de 2016

Texto Áureo

“Contudo, o Senhor mandará de dia a sua misericórdia, e de noite a sua canção estará comigo: a oração ao Deus da minha vida.” Sl 42.8

Verdade Aplicada

A oração é um dos ingredientes essenciais de uma verdadeira adoração.

Textos de Referência.

Salmos 42.1-4

1 Como o cervo brama pelas correntes das águas, assim suspira a minha alma por ti, ó Deus!

2 A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando entrarei e me apresentarei ante a face de Deus?

3 As minhas lágrimas servem-me de mantimento de dia e de noite, porquanto me dizem constantemente: Onde está o teu Deus?

4 Quando me lembro disto, dentro de mim derramo a minha alma; pois eu havia ido com a multidão; fui com eles à casa de Deus, com voz de alegria e louvor, com a multidão que festejava.

Introdução

Nossa alma carece da oração. Orar é muito mais do que apresentar a Deus uma lista interminável de petições. Os adoradores genuínos amam a oração, pois dela tiram tudo que são e que oferecem ao Senhor (Lc 18.1-8).

1. A oração no século da indiferença.

A atualidade é marcada por ser a era da indiferença. Em tempos assim, orar é revolucionário, pois, se a oração revela nossas preocupações com os outros, quando oramos por nossos irmãos, quebramos as garras da indiferença e afirmamos pertencer ao Corpo de Cristo.

1.1. Três qualidades essenciais na oração.

Existem três qualidades essenciais para a experiência da oração. Primeiro, amor uns pelos outros. A natureza do amor de Cristo é sua segurança de ser amado pelo Pai, que o torna livre para amar os homens sem medo e sem reservas. Segundo, o desprendimento das coisas terrenas. Quando oramos “seja feita a Tua vontade, assim na terra como no céu”, desejamos desde já experimentar as realidades eternas aqui. Nossos afetos são transformados. Desejamos mais as coisas que refletem a imagem de Cristo em nós. Terceiro, o exercício da verdadeira humildade. A humildade nasce das duas compreensões básicas. A primeira diz respeito a Deus e a segunda a nós mesmos. É fundamental compreender diante de quem estamos e a quem dirigimos nossas orações, e quem somos nós diante de Deus. A humildade nos faz reconhecer que não temos nada de nós mesmos e que tudo o que temos são dádivas de Deus (Rm 8.32).

1.2. A oração como confronto.

O homem pós-moderno julga-se seu próprio deus. Quando tudo é feito para o meu próprio prazer, então sou o deus de minha própria vontade. Contudo, ao orar, estou enfatizando a verdade de que não sou um deus – tenho necessidades, carências. Dirijo-me a um ser maior do que eu. Esse confronto que a oração propõe ao meu ego quebra a arrogância e me torna – ou devolve – a condição original. Como o homem, no século da indiferença, não consegue existir por conta própria, a oração despedaça seu mundo autoconfiante. Esse confronto é um passo para a consciência do quebrantamento.

1.3. A oração e a luta contra o tempo.

Atualmente, a correria tem afastado muita gente do lugar da oração. Influenciados pela sociedade da pressa, muitos perderam a maravilha de passar tempo em oração. O relógio da pós-modernidade não suporta esperar. As pessoas acham que se perderem algum tempo, diminuirão seus ganho, perderão oportunidades. O sucesso vem antes da espiritualidade. A oração de Moisés precisa ser feita pela massa pós-moderna: “Ensina-nos a contar os nossos dias, de tal maneira que alcancemos corações sábios.” (Sl 90.12). Se perdermos essa certeza em relação à vida de oração, estaremos condenados a uma vida insana de correrias e cansaço. Quando aprendermos a dádiva da oração como ingrediente indispensável para a existência feliz e segura, poderemos descansar.

2. Desfrutando da intimidade com Deus.

Intimidade é privilégio de poucos. Uma das grandes tragédias da atualidade é a distância entre nós e Deus. Falta-nos a dimensão do quarto fechado (Mt 6.6). Se perdermos a intimidade com Deus, também perderemos o senso daquilo que O machuca. Resgatar a maravilha de estar em Sua Presença é resgatar a alegria de adorá-Lo pelo que Ele é.

2.1. Uma santa amizade.

Intimidade é produto do tempo. Não pode ser produzida por arranjos técnicos. É uma santa amizade com Deus. Numa época onde a carência de verdadeiros amigos corrói relacionamentos, a oração nos auxilia na construção de uma relação honesta e segura com o Senhor. Ficamos inquietos quando o dia se arrasta em afazeres (Marta) e o tempo vai dizendo que não conseguiremos desfrutar da presença de Deus (Maria). A oração que adora é a oração que ora!

2.2. Liberdade no mundo dos cativos.

A oração nos propicia uma adoração liberta. Chegamos a Deus em absoluta leveza, com coração puro (Hb 10.22). Desfrutar da intimidade com Deus é ter a garantia da verdadeira liberdade. Podemos orar honestamente, permitindo que a alma fale com seu Criador. Não há carrascos da culpa, nem carcereiros da religiosidade. Quando a alma ora e adora, é livre para encontrar-se com seu Senhor em absoluto enlace de amor – em êxtase.

2.3. A alegria do relacionamento pessoal.

Uma das grandes verdades fundamentais da teologia é que Deus é uma pessoa! A oração que adora é aquela que compreende e ama essa verdade. Quando isso acontece, oramos não buscando as dádivas de Deus, mas o Deus acima de qualquer provável benefício. Amamos a pessoa. Não ficamos confundindo Deus com um mágico celestial, mas O respeitamos como ser de relação, ser que abraça e ama. Deus chora por relacionamentos legítimos. Chega de orações interesseiras, pretensiosas e ofensivas ao coração do Pai.

3. A oração que louva.

Muitos dos Salmos são orações cantadas. Alguns dos belos hinos de nossa Harpa Cristã são orações cantadas. Essa atitude de cantar orações é uma das práticas mais antigas da espiritualidade cristã. Ela evoca dimensões profundas do envolvimento entre o ser que ora e o ser que ora e o ser que adora – sem distinções – pois orar, cantar e adorar podem ser três acordes de uma mesma sinfonia da alma.

3.1. Louvando ao Deus que caminha conosco.

Um fato interessante no livro de Salmos é a forte presença da salvação como elemento da oração. Os salmistas apresentam uma situação de crise e a oração; dentro desse contexto aparecem a graça e a salvação. Alguns Salmos chegam a trabalhar, na mesma frase, a dor e o louvor: “Salva-nos, Senhor, porque faltam homens benignos; porque são poucos os fiéis entre os filhos dos homens.” (Sl 12.1). Orações como essas cantam uma certeza inabalável: há um Deus que caminha conosco na fúria da história. Esse é um dos grandes motivos que temos para orar e louvar: não andamos sozinhos.

3.2. Sempre há motivos para orar e louvar.

Todos temos motivos para a oração e para o louvor. Motivos para essas práticas nunca vão faltar. Tanto os bons motivos quanto aqueles que trazem dor são todos elementos de uma mesma fé. Oramos e louvamos pelas bênçãos e pelas crises. Oramos e louvamos na festa e no luto. Por quê? Porque nossa composição espiritual é assim. Essa é a nossa natureza. Encontramos forças para orar e certezas para louvar.

3.3. A oração preenche de conteúdo nosso louvor.

A crise do louvor na atualidade é basicamente uma crise de conteúdo. A cura para a doença da falta de qualidade está na oração. Ao invés de fazermos uma reunião para avaliar de forma fria e marqueteira onde estamos errando, voltemos à oração. O cenáculo ainda é o ponto de partida para o poder (At 1.12-13). Quando oro, minha alma se deleita em Deus – e isso produz o estado de espírito ideal para o louvor. Não é legítimo o “louvor” que obriga a Deus a fazer uma série de coisas para mim, mas sim, aquele destrona meu ego: “Seja feita a sua vontade”. O caminho de Cristo – esvaziar-se – precisa ser nosso caminho.

Conclusão.

A oração genuína é uma das mais incríveis formas de adoração. Ela nos ajuda na tarefa bela de chegar a Deus em certeza de fé. Abençoados pelo privilégio de chegar à presença de Deus, temos a alegria de abrir nossas almas e com isso redescobrirmos motivos para louvar.

Questionário.

1. O que a humildade nos faz reconhecer? 

2. Qual a oração precisa ser feita pela massa pós-moderna? 

3. Qual é uma das grandes tragédias da atualidade? 

4. Cite um Salmo que trabalhe na mesma frase, a dor e o louvor? 

5. O que ainda é o ponto de partida para o poder?

Pb. André
Colaborador da EBD. 

ESCOLA DOMINICAL CPAD - Conteúdo da Lição 9 - Revista da CPAD - ADULTOS




O Milagre Está em Sua Casa

27 de Novembro de 2016

TEXTO ÁUREO

“Pois o SENHOR, vosso Deus, é o Deus dos deuses [...], que não faz acepção de pessoas, nem aceita recompensas; que faz justiça ao órfão e à viúva e ama o estrangeiro, dando-lhe pão e veste.” Dt 10.17,18

VERDADE PRÁTICA

Em tempos de crises Deus realiza o impossível e o extraordinário.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

2 Reis 4.1-7

1 - E uma mulher das mulheres dos filhos dos profetas, clamou a Eliseu dizendo: Meu marido, teu servo, morreu; e tu sabes que o teu servo temia ao SENHOR; e veio o credor a levar-me os meus dois filhos para serem servos.

2 - E Eliseu lhe disse: Que te hei de eu fazer? Declara-me que é o que tens em casa. E ela disse: Tua serva não tem nada em casa, senão uma botija de azeite.

3 - Então, disse ele: Vai, pede para ti vasos emprestados a todos os teus vizinhos, vasos vazios, não poucos.

4 - Então, entra, e fecha a porta sobre ti e sobre teus filhos, e deita o azeite em todos aqueles vasos, e põe à parte o que estiver cheio.

5 - Partiu, pois, dele e fechou a porta sobre si e sobre seus filhos; e eles lhe traziam os vasos, e ela os enchia.

6 - E sucedeu que, cheios que foram os vasos, disse a seu filho: Traze-me ainda um vaso. Porém ele lhe disse: Não há mais vaso nenhum. Então, o azeite parou.

7 - Então, veio ela e o fez saber ao homem de Deus; e disse ele: Vai, vende o azeite e paga a tua dívida; e tu e teus filhos vivei do resto.

INTRODUÇÃO

Deus concedeu a Eliseu autoridade espiritual para que ele pudesse suceder Elias. O seu ministério foi marcado por muitos milagres. Na lição de hoje, vamos estudar o milagre que Deus operou por intermédio do seu servo para salvar uma viúva e seus dois filhos de uma crise financeira.

I - UMA FAMÍLIA EM DIFICULDADES

1. A crise das dívidas.

Não sabemos o nome da viúva nem dos seus filhos, mas sabemos que ela era esposa de um discípulo de Eliseu. Parece que este não lhe deixou nenhuma herança, apenas uma dívida impagável. A situação daquela mulher era desesperadora. As viúvas eram sustentadas pelos filhos e tudo indica que seus filhos ainda eram crianças.

2. O risco de perder os filhos.

A mulher corria o risco de perder seus dois filhos para os credores. Eles poderiam ser vendidos como escravos para saldar a dívida. A situação era gravíssima, pois não havia emprego para uma viúva. Ela também não tinha dinheiro, joias ou qualquer tipo de alimento em casa. Vivemos tempos de grandes dificuldades econômicas, quando muitas famílias estão vivendo em absoluta pobreza. O número de desempregados é um dos maiores da história do país. Muitos já não têm como sustentar suas famílias, e falta o pão de cada dia. Não poucos crentes, fiéis a Deus, estão desempregados e padecendo necessidades. Precisamos, como Igreja do Senhor, socorrer os necessitados e aflitos. 

3. A viuvez.

No Antigo Testamento, a mulher trabalhava somente em casa e era sustentada por seus marido. Quando o marido morria, era amparada por seus filhos ou parentes, até que encontrasse algum familiar que se tornasse o remidor, casando-se com ela. No caso da viúva que Eliseu ajudou, não houve quem a remisse. Pelo contrário, a dívida contraída por seu marido deveria ser paga com a venda de seus filhos. Em meio a crise financeira, a mulher lembrou-se do homem de Deus. Talvez Eliseu tivesse conhecido aquela família nos tempos de bonança. Deus não desampara as viúvas e os órfãos.

II - DEUS REALIZA MILAGRES

1. A fé do profeta.

O capítulo quatro do segundo livro de Reis registra quatro milagres operados por Eliseu. Estes milagres evidenciam a fé do profeta e o cuidado de Deus para com todos aqueles que creem nEle. Se quisermos ver milagres em nossas vidas precisamos crer. É preciso ter fé, pois o que duvida não pode receber nada do Senhor. Mesmo em tempos de crises, não podemos nos esquecer que para Deus não existem impossíveis. Ele pode operar um milagre em sua vida, creia.

2. A viúva procura Eliseu.

Diante da crise, a viúva decidiu procurar a ajuda do profeta. A primeira pergunta que Eliseu fez à mulher foi: "Que te hei de eu fazer? Declara-me que é o que tens em casa". A igreja neste tempo de crise econômica, deveria fazer à sociedade a mesma pergunta. A Igreja de Cristo não pode fugir à sua responsabilidade para com os pobres, órfãos e viúvas. Precisamos investir no serviço social. Eliseu, como homem de Deus, sabia que o Senhor poderia reverter a situação financeira daquela viúva. Ele não quis saber quem era o responsável pela dívida, mas decidiu ajudar uma pessoa necessitada.

3. Deus utiliza aquilo que temos.

O que você tem em mãos para começar a ver o milagre de Deus? Moisés tinha um cajado e com ele Deus operou grandes maravilhas. Davi tinha uma funda e algumas pedrinhas e com elas derrotou o gigante Golias. Pedro tinha uma rede de pesca e viu o milagre de Deus, depois de uma noite sem pegar nada. É a partir de "uma botija de azeite" que Deus torna tudo abundante, porque Ele é o Deus de toda provisão.

III - PROVISÃO NA MEDIDA CERTA

1. Preparação para receber o milagre.

Eliseu orientou a viúva a respeito de como ela deveria proceder. A mulher precisaria de muitas vasilhas, pois a multiplicação do azeite, que havia em sua casa, seria sem medida. Ela precisava se preparar para receber tal bênção. Prepare também seu coração e sua casa para receber a provisão de Deus. O dia do seu milagre chegará, assim como chegou para a viúva.

2. Provisão abundante.

A viúva tinha somente uma botija de azeite e a lição que aprendemos é que Deus abençoa aquilo que temos, não importa a quantidade. Deus nunca nos dará uma porção menor do que necessitamos. Sua medida é sempre além, sacudida, recalcada e transbordante.

3. Fé em ação.

A viúva e seus filhos deveriam "tomar vasos emprestados", tantos quantos pudessem conseguir e trazê-los para dentro de casa. Eles precisavam seguir as orientações do profeta. Para que não houvesse a interrupção dos credores à sua porta, nem o comentário de pessoas incrédulas, a viúva deveria fechar a porta de casa. O milagre de Deus era para aquela casa e não deveria ser partilhado com mais ninguém. O milagre de Deus é para você e sua família. A mulher encheu todas as vasilhas com o azeite e quando estas acabaram o azeite também acabou. A viúva não sabia o que fazer com o azeite, então ela retorna ao profeta a fim de ouvir suas instruções. Eliseu dá-lhe a seguinte instrução: que o azeite fosse vendido, e com o dinheiro, pagasse a dívida. O azeite foi suficiente para saldar as dívidas e cuidar dos filhos.

CONCLUSÃO

Muitos crentes estão vivendo o drama da despensa vazia, da falta de recurso e das muitas dívidas. Com certeza são momentos difíceis, mas não desanime. Ore ao Senhor, creia e o seu milagre chegará à sua casa. A viúva seguiu as orientações do profeta de Deus. Leia a Bíblia e ouça as orientações do Senhor para a sua vida. Deus vai instruí-lo a vencer a crise da escassez e do endividamento.

QUESTIONÁRIO

Quem deveria sustentar as viúvas?

O que aconteceria se a viúva não pagasse as dívidas?

Qual foi a primeira pergunta do profeta para a viúva?

O que a viúva tinha em sua casa?

O que você tem em suas mãos para ver o milagre de Deus?

Pb. André. 
Colaborador da EBD. 

terça-feira, 29 de novembro de 2016

ESCOLA DOMINICAL BETEL - Conteúdo da Lição 8 - Revista Betel

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Corpo, alma e espírito: instrumentos de adoração

20 de novembro de 2016


Texto Áureo

“ E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo”. 1 Ts 5.23

Verdade Aplicada

O propósito principal de todo o nosso ser é adorar a Deus. 

Textos de Referência.

Salmos 103.1-6

1 Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e tudo o que há em mim bendiga o seu santo nome.

2 Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e não te esqueças de nenhum de seus benefícios.

3 É ele que perdoa todas as tuas iniquidades e sara todas as tuas enfermidades;

4 Quem redime a tua vida da perdição e te coroa de benignidade e de misericórdia;

5 Quem enche a tua boca de bens, de sorte que a tua mocidade se renova como a águia.

6 O Senhor faz justiça e juízo a todos os oprimidos.

Introdução

O sacrifício diário de nosso corpo requer uma conduta e esse procedimento atrela-se a uma mente renovada que nos informa e faz experimentar a boa, perfeita e agradável vontade de Deus para as nossas vidas.

1. Adorando a Deus com o nosso corpo.

O clamor apostólico de Paulo é oriundo das profundezas de Deus para o Seu povo (Rm 12.1-2). O termo grego “parakaléo” tem o sentido de admoestar, encorajar e exortar. Era usado no grego clássico para exortação de tropas que estavam para ir à batalha.

1.1. O argumento: a compaixão de Deus.

O argumento que Paulo usa para adoração é profícuo e pertinente. “A compaixão de Deus” é “oiktirmós”, misericórdia, compaixão que se origina do estado miserável de alguém que está em necessidade. No hebraico, esta palavra é “hesed”, que em português corresponde à benignidade, amor firme, graça, fidelidade, bondade, devoção. Quanto a sua forma pode ser visto tanto como substantivo (hesed), quanto como adjetivo (hãsîd), que é derivado do substantivo (hesed) e é usado para descrever o israelita fiel.

1.2. O sacrifício vivo: os nossos corpos.

Para os leitores de Paulo, esse “sacrifício” leva-os ao Antigo Testamento, pois todas as vezes que se fazia um sacrifício, o animal tinha que ser morto. O apóstolo demonstra verdadeira essência da adoração neotestamentária, isto é, “sacrifício vivo”. Doravante, o sacrifício é “vivo” e isto se configura na adoração através de nosso corpo como culto consciente, racional, inteligente, deixando morrer nossa natureza pecaminosa, mas permanecer vivos e não mortos. Tal atitude leva-nos ao princípio da “renuncia”, delineado por Jesus (Nt 16.24-35; Lc 9.23).

1.3. O resultado final: o culto racional.

O alvo final é cultuar a Deus, adorá-Lo. Toda a força e argumento do clamor tem um único objetivo: a adoração. Essa adoração deve ser inteligente e racional, isto é, deve-se ter compreensão do que se faz. O uso de nossos corpos deve ser caracterizado pela devoção consciente, inteligente e consagrada a Deus e a Seu serviço. Dentro desse quesito, entendemos que nosso corpo foi feito para ser um instrumento de adoração a Deus. Isso envolve todas as nossas atividades, em todos os momentos de nossa vida. A conscientização desse fato nos torna casa de Deus (1Co 3.16).

2. A adoração que flui de nossa alma.

A alma é nossa identidade interior, nossa razão de ser. Todos os nossos sentimentos manifestos ou reservados estão atrelados a essa capacidade da alma que está em cada um de nós. É com essa compreensão que o salmista clama para dentro de si, despertando sua alma de uma “possível sonolência” no ato de bendizer a Deus.

2.1. Um clamor para dentro de si.

A sensibilidade de Davi é comovente e impressionante. O seu grito para dentro de si revela uma urgência de adoração da sua alma. Vivemos em um mundo de infindos “gritos”, onde muitos casos revelam apenas ruídos de almas doentias, inclinadas aos seus individualismos e centralismos para satisfazer o imediatismo de naturezas caídas. Ainda assim, temos o prazer de ouvir um homem influente, com autoridade legítima, dar o brado dentro de si mesmo, evocando sua interioridade a bendizer ao Senhor (Sl 103.1).

2.2. Bendizer com gratidão.

É reconhecimento. É agradecer a Deus por tudo e reconhecer que tudo aquilo que temos e somos provém de Deus, pois sem Ele é a nossa força, proteção e refúgio, auxílio nos momentos de aflições, o nosso socorro e em quem depositamos nossa confiança e esperança. A justiça e o juízo são a base do trono de Deus e tudo isso está evidente por meio de Suas obras maravilhosas e Suas grandes vitórias. Também devemos ser sempre gratos pelas bênçãos recebidas.

2.3. Gratos pela salvação.

Outro motivo para sermos gratos é a nossa salvação, pois alcançamos do Senhor um favor imerecido. A diferença entre graça e compaixão, no que se refere à pessoa de Deus, é que, na graça, o Senhor nos deu o que não merecíamos (Rm 6.23). Não merecíamos avida eterna, mas pela graça de Deus a temos (Ef 2.8-9). Quanto a misericórdia ou compaixão de Deus, Ele não nos deu aquilo que merecíamos – a morte eterna. Nós merecíamos a cruz, a condenação, o inferno. Mas, no Seu infinito amor misericordioso, Ele não retribui o mal com o mal, mas com o bem (Is 54.8). Por isso, devemos agradecer a Deus, render louvores eternos ao nosso Deus pelo Seu grande amor e compaixão, pois não somos consumidos pela multidão dos nossos pecados.

3. Ações adoradoras do espírito humano.

Tudo o que somos e o que podemos realizar se processa por causa do espírito que em nós habita (Jo 4.24). Ao pronunciar as bem-aventuranças, Jesus disse: “Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus.” (Mt 5.3), deixando bem nítida a clareza de Sua grandeza e a nossa pequenez em relação a Ele.

3.1. A mulher samaritana e a espiritualidade da adoração.

Primeiramente, a mulher samaritana viu apenas um homem, depois percebeu que era um judeu e lançou seus protestos e frustrações históricas pelo fato de Jesus se dirigira uma “mulher”, ainda mais sendo ele judeu, pois tradicionalmente não havia comunicação entre ambos. As primeiras barreiras foram rompidas por Jesus, a muralha da comunicação fora derrubada e a mulher foi demonstrando a sua verdadeira sede, até que percebeu que Ele não era mais um homem comum, um judeu e O identificou como um profeta (Jo 4.9). Quando suas mazelas vieram à tona pelas palavras de Jesus, tudo mudou naquele momento. O diálogo de Jesus foi evoluindo até chegar ao espírito daquela mulher. Jesus viu nela uma pessoa carente, sofrida e com uma grande lacuna no seu espírito.

3.2. Atitudes que convergem para uma adoração verdadeira.

Toda essa linda história envolve atitudes. Logicamente que Deus sempre é o primeiro a tomar atitudes em relação ao homem caído. Tudo que somos atrela-se a uma atitude. Deus não se isola e nem se emudece com as nossas quedas. Jesus passa por Samaria para fazer um grande resgate. Assim como era necessário passar por aquela cidade (Jo 4.4) ainda hoje existem muitas “Samarias” precisando de um profeta.

3.3. Atitudes de adoração na hora certa.

Existe um pássaro chamado “bacurau”, também conhecido como “curiango”. Todas as vezes que o “bacurau” canta, entende se a expressão: “Amanhã eu vou”. Existem muitos crentes que nos lembram o canto do bacurau; estão dispostos, mas só amanhã. Jesus elimina essa possibilidade de procrastinação e diz: “Mas a hora vem, e agora é,...” (Jo 4.23). A mulher samaritana queria adorar, mas, no seu entendimento, era ainda “amanha”. Jesus tira todas as cortinas e esclarece de uma vez por todas que a adoração é para já. Nada pode aguardar. A adoração a Deus deve ser a prioridade absoluta de nossa vida.

Conclusão.

A nossa adoração a Deus tem que ser em espírito e em verdade, isto é, com atitudes que se manifestam nas mais diversificadas situações; ao estender as mãos para os outros abençoando, bendizendo, e acima de tudo, sendo um referencial de Deus em todos os sentidos da vida.

Questionário.

1. Qual a origem do clamor apostólico de Paulo?

2. O que o grito de Davi para dentro de si revela?

3. Qual a diferença entre graça e compaixão, no que se refere à pessoa de Deus?

4. Por que era necessário Jesus passar por Samaria?

5. O que Jesus eliminou?

Pb. André
Colaborador da EBD

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