quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

ESCOLA DOMINICAL BETEL - Conteúdo da Lição 13 - Revista da Editora Betel


Enfrentando o Falso Culto

25 de dezembro de 2016


Texto Áureo

Então, invocai o nome do vosso deus, e eu invocarei o nome do Senhor; e há de ser que o deus que responder por fogo esse será Deus. E todo o povo respondeu e disse: É boa esta palavra. 1Reis 18.24

Verdade Aplicada

Só podemos combater com eficácia o falso culto através da Palavra de Deus, nossa regra de fé e prática.

Textos de Referência.

1Reis 18.20-22; 30

20 Então, enviou Acabe os mensageiros a todos os filhos de Israel e ajuntou os profetas no monte Carmelo.
21 Então, Elias se chegou a todo o povo, e disse: Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o Senhor é Deus, segui-o; e, se Baal, segui-o. Porém o povo lhe não respondeu nada.
22 Então, disse Elias ao povo: Só eu fiquei por profeta do Senhor, e os profetas de Baal são quatrocentos e cinquenta homens.
30 Então Elias disse a todo o povo: Chegai-vos a mim. E todo o povo se chegou a ele; e reparou o altar do Senhor, que estava quebrado.

Introdução

Enfrentar o falso culto não é uma tarefa agradável, é, não raro, a antipatia é o menor preço da verdadeira profecia. Foi assim com Elias, que teve um difícil trabalho, sob a ameaça de Jezabel, a defensora do falso culto.

1. Como enfrentar o falso culto.

Sob a orientação de Deus, Elias resolveu chamar os profetas de Baal para um desafio (1Rs 18.19). Era o momento de o povo de Deus decidir; ou servia ao Deus verdadeiro de modo verdadeiro ou a Baal no seu falso culto (1Rs 18.21).

1.1. Enfrentar o falso culto com convicção.

Para enfrentá-lo, devemos, na graça de Deus, ter muita convicção. O profeta Elias chama o povo a uma convicção: “Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o Senhor é Deus, segui-o; e, se Baal, segui-o.” (1Rs 18.21). Nesta pergunta, vemos a fé vivida por Elias. Antes de ver o fogo cair do céu e a grande vitória, Elias crê, e está convicto, de quem é o verdadeiro Deus, pois o povo parece não saber e demonstra dúvida. A ignorância leva a tibieza. Quando o povo fica na teologia do “acho”, não há firmeza, e uma grande maioria fica em cima do muro. Até quando coxear entre dois pensamentos? É preciso convicção e mais profundidade bíblica, mais amor pela verdade e paixão pela Palavra de Deus.

1.2. Enfrentar o falso culto com definições claras.

A indefinição é característica do falso culto. Vivemos num mundo de indefinições. Ser definido é ser dogmático, e ser dogmático é algo, às vezes, detestável. As filosofias, a comunicação, a experiência, a procura de paz e a boa convivência têm marcado o nosso tempo com indefinições na área moral, eliminando a censura e, na honestidade, com tibieza. Em tudo se procura “fazer média”, mantendo as aparências e identificando-se com os pontos comuns (Ap 3.15). Elias chama o povo a uma definição: “Se o Senhor é Deus, segui-o; e, se Baal, segui-o.” (1Rs 18.21). Por que ficar no meio termo? Tentar servir a Deus e ao mundo? Precisamos de definições. A Igreja não pode enamorar-se do mundo. É hora de definição moral, teológica e litúrgica. É hora de abandonarmos a teologia relativista. É hora de definição.

1.3. Enfrentar o falso culto com a Palavra de Deus.
“E há de ser que o deus que responder por fogo, esse será Deus.” (1Rs 18.24). Somente através da confiança e grande experiência com Deus poder-se ia propor tal desafio. Para enfrentar o falso culto, precisamos estar calçados com a verdade e com a fé acima de tudo (Ef 2.8). O profeta Elias tinha conhecimento experimental de Deus e isso o colocava em grande vantagem perante os falsos profetas. Hoje temos a Palavra escrita que é o filtro para esses falsos cultos (2Tm 3.16). A Palavra de Deus nos liberta do mal e nos revela a clareza doutrinária (Sl 119.105). O nosso manual de fé e prática é a Palavra de Deus. Quando nós obedecemos à verdade que está contida na Palavra de Deus podemos estar certos da nossa salvação (Sl 1.3).

2. Características do falso culto.

Jesus denunciou o culto hipócrita, causado pelo apego à mera formalidade, aos ritos, sem correspondência interior. Por fora tudo estava correto, mas interiormente essas ações litúrgicas não eram expressões de um coração agradecido. Era por essa razão que aquele culto se tornava uma coisa abominável ao Senhor.

2.1. O culto falso é seguido pela maioria.

Quando examinarmos o falso culto, aprendemos que ele é sempre seguido pela maioria. Elias reclama que ele está só e que os profetas de Baal são 450! (1Rs 18.22). Precisamos lembrar desta verdade solene: a maioria se perderá. Foi assim na época de Noé e de Sodoma. O povo de Deus foi dizimado e permaneceu o “toco”, a “santa semente”, salvou-se o “renovo”. Não é diferente hoje. Muitos são chamados e poucos os escolhidos. Na época dos profetas, a multidão ia ao templo, mas o seu coração estava longe do Senhor.

2.2. O culto falso tem um fogo falso.

O culto falso é um culto em que falsos fogos são admitidos. Elias estabeleceu que o fogo deveria vir do céu (1Rs 18.23). Deus não aceita fogo estranho em seu culto. Os dois filhos de Arão morreram por causa disto: trouxeram fogo estranho ao culto do Senhor. Há muita coisa estranha hoje no culto a Deus. Muitos por falta de conhecimento das escrituras têm admitido no culto o fogo do “entusiasmo”, fabricados por “animadores” e acrescentam novidades ao culto, tornando-o um “show”. Será que Deus está se agradando de tudo isso?

2.3. O culto falso tem um movimento estranho.

Os profetas de Baal desenharam uma extraordinária coreografia. Eles dançavam. As religiões primitivas procuraram servir aos seus deuses com danças (1Rs 18.26). O culto é chamado por Paulo de culto racional (Rm 12.1-2). No Novo Testamento, o culto é pela fé, pois o justo vive pela fé. Os profetas de Baal gritavam, manquejavam e se cortavam (1Rs 18.26-28). Era um culto longo. (1Rs 18.29). Muitos movimentos, muitas palavras, muitas repetições. Nosso Deus é de ordem, paz e harmonia.

3. Características do culto restaurado.

O culto falso é mera catarse psicológica, mera movimentação física. Resulta no vazio (Ef 2.11-12). O divórcio entre a adoração e a vida prática é inevitável. É um culto templário apenas (At 17.16). É um teatro, um “Show”, mas sem nenhum vínculo de vida prática.

3.1. Restaurando o antigo altar.

Elias restaurou o antigo altar de seus pais (1Rs 18.30). O mesmo altar em que adoravam seus antepassados. Há os que pensam que “novidade” é a marca do verdadeiro culto. Pensam que algo para ser bom tem de ser novo. Criam preconceitos contra o antigo (Jó12.12). Esquecem as solenes palavras do sábio de que “nada há novo debaixo do céu” (Ec 1.9). AS heresias vão e voltam apenas com uma nova roupa. Os pecados dos homens continuam os mesmos (Rm 3.23). O homem não inventou nova forma de pecar, pratica os mesmos pecados condenados por Moisés. Não conseguiu outro escape, senão pelo arrependimento e fé em Jesus (Ef 2.8). Devemos permanecer na “doutrina dos apóstolos” (At 2.42). Nosso altar está delineado a na Palavra (Jo 4.23).

3.2. Um culto de acordo com a Palavra.

Elias mostra precisão. Ele usa pedras e não outro material (1Rs 18.31). Não quis fazer uso de sua criatividade. Obedece. Doze pedras conforme a Palavra. Poderia ter feito um altar mais vistoso! Com mais luzes! Também obedece ao horário (1Rs 18.36). Deus havia determinado a hora do sacrifício. Elias obedeceu e invoca o nome do Senhor. O que temos de gente criativa hoje, inventando novas formas cultuais (2Sm 6.3-7). Nosso culto deve ser de acordo com a Palavra (1Co 14.26).

3.3. Nosso culto deve ser dirigido a Deus.

Elias se dirigiu a Deus da Aliança, Deus de seus pais. Nosso Deus tem uma história com Seu povo. Ele é um Deus que se revelou nos caminhos de Sua Palavra, na expressão de nossa história. Ele é o Deus de Abraão, Isaque e Jacó (1Rs 18.36). Nosso culto é voltado para o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Deus trino de nosso credo. O Deus que nunca abandonou Seu povo, mas que tem pelos milênios se mostrado Salvador (Mt 4.10).

Conclusão.

O culto deve ser como a Palavra de Deus estabelece! Devemos adorar o Deus do nosso credo! O Deus de Abraão, Isaque e Jacó! O Deus Soberano e Amoroso, que, em Cristo e por Cristo, nos abriu o caminho até Ele na verdadeira adoração espiritual. Que o Eterno seja sempre glorificado!


Questionário.

1. Quem chamou os profetas de Baal para um desafio?

2. De acordo com a lição, o que a Palavra de Deus faz?

3. De onde deveria vir o fogo?

4. Como as religiões primitivas procuravam servir aos seus deuses?

5. Como deve ser nosso culto?

Pb. André. 
Colaborador da EBD

ESCOLA DOMINICAL CPAD - Conteúdo da Lição 13 - Revista da CPAD - ADULTOS


A Fidelidade de Deus

25 de Dezembro de 2016


TEXTO ÁUREO

“Posso todas as coisas naquele que me fortalece” Fp 4.13.


VERDADE PRÁTICA

Em Jesus Cristo podemos superar todas as crises, e andar de triunfo em triunfo.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Filipenses 4.10-20.

10 — Ora, muito me regozijei no Senhor por, finalmente, reviver a vossa lembrança de mim; pois já vos tínheis lembrado, mas não tínheis tido oportunidade.

11 — Não digo isto como por necessidade, porque já aprendi a contentar-me com o que tenho.

12 — Sei estar abatido e sei também ter abundância; em toda a maneira e em todas as coisas, estou instruído, tanto a ter fartura como a ter fome, tanto a ter abundância como a padecer necessidade.

13 — Posso todas as coisas naquele que me fortalece.

14 — Todavia, fizestes bem em tomar parte na minha aflição.

15 — E bem sabeis também vós, ó filipenses, que, no princípio do evangelho, quando parti da Macedônia, nenhuma igreja comunicou comigo com respeito a dar e a receber, senão vós somente.

16 — Porque também, uma e outra vez, me mandastes o necessário a Tessalônica.

17 — Não que procure dádivas, mas procuro o fruto que aumente a vossa conta.

18 — Mas bastante tenho recebido e tenho abundância; cheio estou, depois que recebi de Epafrodito o que da vossa parte me foi enviado, como cheiro de suavidade e sacrifício agradável e aprazível a Deus.

19 — O meu Deus, segundo as suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória, por Cristo Jesus.

20 — Ora, a nosso Deus e Pai seja dada glória para todo o sempre. Amém!

INTRODUÇÃO

Na lição de hoje estudaremos a respeito das adversidades enfrentadas pelo apóstolo Paulo em seu ministério. Veremos que ele aprendeu, com a ajuda do Senhor, a lidar com cada uma e a vencê-las. Apesar das dificuldades Paulo pregou a Palavra de Deus, fundou igrejas e escreveu várias cartas. Algumas de suas epístolas foram escritas enquanto ele estava na prisão. A vida de Paulo é um exemplo de como podemos vencer as crises e permanecer fiéis ao Senhor.

I. A FIDELIDADE DE PAULO EM MEIO ÀS CRISES

1. Destemor e ousadia.

Na Epístola aos Efésios, Paulo se apresenta como “embaixador em cadeias” (Ef 6.20). Ele tinha consciência de sua missão, especialmente, no mundo gentio; sabia que o Evangelho de Cristo não poderia ficar restrito aos judeus. Por isso, o seu afã missionário o levou a Ásia Menor, Macedônia e Europa. Pregou a Palavra de Deus com zelo, fidelidade e não se deixou abater pelas dificuldades. Embora tenha se tornado um prisioneiro por amor a Cristo, seu espírito era livre. Mesmo preso, não deixou de se preocupar com as igrejas, particularmente com Eféso e Filipos. Os verdadeiros crentes em Cristo não se intimidam diante das perseguições, tribulações e crises.

2. Alegria em meio às crises.

Paulo demonstrou alegria pelo bom testemunho e fidelidade dos filipenses. Os crentes de Filipos não temiam defender e confirmar aqueles que haviam recebido Cristo por Senhor e Salvador. Mesmo estando prisioneiro, não se deixou abater, antes se regozijava porque os filipenses participavam da sua vida de modo especial, sofrendo com ele. Atualmente muitos não admitem mais que os crentes sofram. Contudo, o Senhor Jesus nos alertou que, no mundo teríamos aflições. Podemos ver também que embora Paulo fosse um crente fiel, enfrentou açoites, naufrágio e apedrejamento. As crises que ele enfrentou não roubaram a sua alegria e não fizeram dele um homem amargurado. Não permita que as crises enfraqueçam a sua fé e roubem a sua alegria.

3. Servindo a Deus em meio às crises.

Paulo estava preso em Roma, mas as cadeias não o impediram de proclamar o Evangelho e de cuidar das igrejas. O evangelho que Paulo pregava era mais poderoso do que as cadeias e grilhões. As crises não iriam impedi-lo de servir ao Senhor, pois o testemunho das suas prisões produziram ânimo, coragem e ousadia nos crentes. Paulo rejeitou a autopiedade. Não queria que ninguém sentisse pena dele e perdesse o ardor pela obra de Deus. Seu alvo era glorificar a Jesus Cristo mediante o seu trabalho.

II. ABNEGAÇÃO ANTE O SOFRIMENTO

1. A disposição de Paulo em sofrer pelos cristãos de Filipos (Fp 2.17,18).

Paulo fez uma declaração de fé e serviço a Deus quando escreveu aos filipenses: “E, ainda que seja oferecido por libação sobre o sacrifício e serviço da vossa fé, folgo e me regozijo com todos vós” (Fp 2.17). Ele usou a figura dos sacrifícios do Antigo Testamento, especialmente as ofertas de animais. A libação acompanhava o holocausto e a oferta pacífica (Nm 15.1-10). Nessa libação, era usado vinho que era derramado no santuário. Paulo se utiliza de uma metáfora para mostrar que ele estava disposto a oferecer sua vida e seu sangue como oferta perante o Senhor. Atualmente muitos têm feito da obra do Senhor um meio mercantilista, mas temos visto também que muitos crentes estão dispostos a dar a sua vida pelo Senhor.

2. A disposição de Epafrodito (Fp 2.25-30).

Epafrodito era como um irmão para Paulo e um cooperador nos combates. Ele é um modelo de crente servidor. Muitos são como Epafrodito, pois embora enfrentando diversos tipos de crises, estão sempre prontos a servir. Ele foi portador de uma oferta da igreja de Filipos para Paulo. O apóstolo deixa claro que esse companheiro sabia confortá-lo nas horas tristes de sua solidão.

3. Paulo e os judaizantes (Fp 3.1-8).

Na igreja de Filipos, havia um grupo de judeus que se diziam convertidos, mas negavam o Evangelho que Paulo pregava. Eram falsos mestres que se apresentavam como apóstolos. Esse grupo queria impor os costumes e ritos judaicos para os cristãos, como por exemplo, a circuncisão e a guarda do sábado para a obtenção da salvação. Paulo teve que enfrentar algumas crises dentro da Igreja do Senhor por causa daqueles que rejeitavam seu ensino e não acreditavam no seu apostolado. Mas, em Jesus Cristo, venceu todas elas.

III. APRENDENDO A VENCER AS CRISES

1. A crise da falta de firmeza espiritual (Fp 4.1).

No capitulo 4 da Epístola aos Filipenses, o apóstolo Paulo exorta a igreja de Filipos acerca de algumas distorções que estavam produzindo dissensões entre os irmãos. Eram problemas de ordem social e também doutrinária. Paulo exorta aos crentes para que permaneçam firmes no Senhor.

2. A crise da desarmonia (Fp 4.2,3). 

Em Filipos, havia duas irmãs que muito fizeram pela igreja, mas que, naqueles dias, estavam em desarmonia. Tudo indica que elas tinham uma grande importância na Igreja. É provável que elas tenham tido uma desavença e não conseguiam ter um mesmo parecer. Sem dúvida, permitiram que a força da carne predominasse dividindo a igreja. Paulo roga às duas mulheres que mudassem de atitude, pois estavam promovendo divisão e quebrando a autoridade apostólica. Assim, Paulo pedia que elas tivessem o mesmo sentimento no Senhor.

3. Vencendo as crises.

Paulo declara que já aprendera, com o Senhor, a contentar-se em quaisquer circunstâncias: na abundância, na fome e na fartura. Tendo tudo ou não tendo nada, ele sabia superar as dificuldades porque Cristo o fortalecia. Aos coríntios, declarou a respeito do seu aprendizado na obra do ministério: “Até esta presente hora, sofremos fome e sede, e estamos nus, e recebemos bofetadas, e não temos pousada certa, e nos afadigamos, trabalhando com nossas próprias mãos; somos injuriados e bendizemos; somos perseguidos e sofremos; somos blasfemados e rogamos; até ao presente, temos chegado a ser como o lixo deste mundo e como a escória de todos” (1Co 4.11-13). Na verdade, tudo o que Paulo desejava era mostrar a sua alegria em toda e qualquer circunstância. Sua alegria e contentamento resultavam da comunhão do apóstolo com o Senhor.

CONCLUSÃO

O contentamento de Paulo diante das crises era resultado da sua comunhão com Deus. Ele aprendera com o Senhor a se contentar em toda e qualquer circunstância. Que possamos seguir o exemplo de Paulo e aprender com o Senhor a ter paz e contentamento mesmo enfrentando uma crise.

QUESTIONÁRIO

Como Paulo se apresenta na Carta aos Efésios?

As cadeias impediram Paulo de proclamar o Evangelho? As crises têm impedido você de servir ao Senhor?

Cite o nome de um cooperador de Paulo.

Qual o nome das irmãs que estavam brigadas, promovendo a desarmonia?

Quem ensinou Paulo a vencer as crises e a se contentar em toda e qualquer situação?

Pb. André. 
Colaborador da EBD

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

ESCOLA DOMINICAL CPAD - Conteúdo da Lição 12 - Revista CPAD - ADULTOS


Sabedoria Divina para a Tomada de Decisões
18 de Dezembro de 2016

TEXTO ÁUREO

“Porque o SENHOR dá a sabedoria, e da sua boca vem o conhecimento e o entendimento” (Pv 2.6).

VERDADE PRÁTICA

Deus nos concede sabedoria para vencermos as crises mais difíceis e inesperadas.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

1 Reis 4.29-34.

29 — E deu Deus a Salomão sabedoria, e muitíssimo entendimento, e largueza de coração, como a areia que está na praia do mar.
30 — E era a sabedoria de Salomão maior do que a sabedoria de todos os do Oriente e do que toda a sabedoria dos egípcios.
31 — E era ele ainda mais sábio do que todos os homens, e do que Etã, ezraíta, e do que Hemã, e Calcol, e Darda, filhos de Maol; e correu o seu nome por todas as nações em redor.
32 — E disse três mil provérbios, e foram os seus cânticos mil e cinco.
33 — Também falou das árvores, desde o cedro que está no Líbano até ao hissopo que nasce na parede; também falou dos animais, e das aves, e dos répteis, e dos peixes.
34 — E vinham de todos os povos a ouvir a sabedoria de Salomão e de todos os reis da terra que tinham ouvido da sua sabedoria.

INTRODUÇÃO

Na lição de hoje estudaremos os últimos dias do reinado de Davi e a escolha de seu sucessor. Veremos que, embora houvesse uma crise familiar e política, Deus estava no controle daquele processo e não permitiria que um usurpador assumisse o reinado. Salomão ascendeu ao trono em um tempo de crise, mas Deus o abençoou, concedendo-lhe sabedoria para reinar com justiça e equidade. Seu reino foi um dos mais prósperos e abençoados de Israel.

I. CRISE FAMILIAR NO REINO DAVÍDICO

1. A velhice do rei (1Rs 1.1-4).

Davi já estava com uma idade bem avançada e ainda não havia escolhido o seu sucessor. A demora em passar o reinado gerou uma crise entre seus filhos e no reino. A hora de encerrar uma carreira é tão importante quanto o seu começo, é preciso saber escolher e formar sucessores. Diante da fragilidade de Davi, Adonias, intitulou-se rei (1Rs 1.5). Ao que tudo indica, ele era o primogênito e o primeiro na linha sucessória. Mas Deus escolhe quem Ele quer. Davi também não era o primogênito, mas foi escolhido pelo Senhor para substituir Saul. O texto bíblico diz que Adonias nunca tinha sido contrariado por seu pai (1Rs 1.6). Parece que ele não foi disciplinado, por isso, passou por cima de todos para conseguir aquilo que desejava. A falta de disciplina causa sérias crises no relacionamento familiar. Portanto, discipline seus filhos com amor e sabedoria.

2. Adonias e os valentes de Davi.

O sacerdote Zadoque, o profeta Natã e os valentes de Davi não apoiaram a atitude de Adonias, pois ele estava desrespeitando o rei publicamente e usurpando o trono. A crise familiar e política estava instalada no reino. Natã, como profeta, não poderia se calar diante de tal situação. O profeta de Deus precisa ter compromisso com a verdade e a justiça e não compactuar com o erro, mesmo que isso lhe traga prejuízos. Natã foi até a mãe de Salomão, e contou-lhe o que estava acontecendo. Isso nos mostra que Davi, em algum momento, já teria mencionado aos seus valentes que Salomão seria o seu sucessor.

3. A atitude de uma mãe em meio à crise.

Bate-Seba teve um papel importante na sucessão do reino. Ela tomou a atitude certa na hora certa. A mãe de Salomão foi até Davi e relata-lhe tudo o que estava acontecendo. Ao ouvir as notícias, Davi ordenou que Salomão fosse ungido rei. A tentativa de golpe de Adonias fracassou. Ele, com medo de que Salomão mandasse matá-lo, agarrou-se às pontas do altar. Por que segurar as extremidades do altar? Segundo a Bíblia de Estudo Pentecostal, “as pontas do altar simbolizavam a misericórdia, o perdão e a proteção de Deus”. Salomão não era um homem sanguinário, por isso ordenou que tirassem Adonias do altar e o trouxessem a sua presença, e Adonias teve que se prostrar diante de Salomão. Então o novo rei ordenou: “Vai para tua casa”.
Antes de sua morte, Davi deu sábios e importantes conselhos ao seu filho Salomão (1Rs 2.2-4). Certamente não queria que este cometesse os mesmos erros que ele. Depois de aconselhar o rei, Davi partiu a estar com o Senhor.

II. SALOMÃO BUSCA SABEDORIA PARA REINAR

1. O novo rei.

Salomão amava ao Senhor. Por isso, procurou obedecer aos estatutos de seu pai e a lei de Moisés (1Rs 3.3). Depois de ser coroado, subiu até Gibeão e ali ofereceu a Deus o seu sacrifício. Esse era um gesto de gratidão e adoração ao Senhor. Salomão demonstrou não estar preocupado em obter poder, riquezas ou fama. Ele buscou, antes de tudo, a presença de Deus. Procurou também adquirir sabedoria para governar o seu povo com equidade e justiça. Em Gibeão, Salomão teve uma experiência marcante com o Deus de seu pai.

2. Salomão pede sabedoria a Deus.

Ali em Gibeão, o Senhor apareceu a Salomão em sonhos e disse: “[...] Pede o que quiseres que te dê” (1Rs 3.5). Em tempos de crise econômica o que você teria pedido? Salomão sentiu o peso da responsabilidade de governar um povo. Por esse motivo, não pediu riqueza ou outra coisa que lhe trouxesse vantagens pessoais. Ele pediu sabedoria para governar com justiça. De que adianta ter bens materiais e ser um tolo? O melhor bem que podemos receber de Deus é a sabedoria. Ela ajuda-nos a enfrentar todas as crises de forma correta. Peça a Deus sabedoria para liderar sua família, seus bens e a obra do Senhor.

3. O desejo de construir um Templo para Deus.

Davi desejou reunir o povo de Israel em um só lugar para adorar a Deus. Ele desejou e se esforçou para isso, ajuntando materiais que seriam necessários à construção da Casa de Deus. Mas o Senhor não permitiu que Davi construísse o Templo, pois ele havia empreendido muitas batalhas. Todo o material, o projeto, bem como toda a liturgia da vida religiosa foram providenciados por Davi e entregues a Salomão. Construir uma casa para Deus era uma necessidade e iria contribuir para a união das famílias e o fortalecimento do reino de Israel. Deus deu a Salomão sabedoria e todos os bens necessários para a construção do Templo. Estamos vivendo uma das piores crises econômicas do país, mas o Senhor não deixará faltar a provisão para a sua Casa. Não se preocupe, confie.

III. SABEDORIA PARA EDIFICAR O TEMPLO

1. Salomão faz aliança com Hirão (1Rs 5.1-6).

Em vez de fazer guerras com as nações vizinhas, para aumentar o espaço geográfico e as riquezas, Salomão usou de sabedoria para com Hirão, rei de Tiro, na Fenícia, que lhe forneceu toda a madeira para a construção do Templo. O cedro do Líbano era uma madeira nobre e de grande valor comercial. Essa cooperação mostrou que Deus estava abençoando Salomão e fornecendo o que era necessário para o Templo. Deus concedeu a Salomão sabedoria para fazer alianças. O Senhor também quer dar a você sabedoria para administrar, mesmo em tempos de crise financeira.

2. A construção do Templo.

Muito do ouro e prata acumulados pelo rei Davi foram destinados à construção do Templo. A prata, o ouro e as pedras preciosas eram despojos de guerras. Antes de morrer e passar o trono a Salomão, Davi também entregou-lhe toda essa riqueza. Ele também contou com a contribuição voluntária dos príncipes das tribos e dos capitães (1Cr 29.6). Davi passou para o seu filho as plantas do Templo conforme o Senhor lhe dera (1Cr 28.11-19). Os trabalhadores e todo o Israel se dispuseram a fazer o melhor porque estavam felizes com o reino de Salomão.

3. A Arca da Aliança.

Salomão trouxe a Arca da Aliança que estava no Tabernáculo antigo para o local onde ela haveria de ficar. Ele sabia que a Arca representava a presença de Deus entre o seu povo. Agora ela haveria de ficar entre o povo e não mais em um lugar provisório. Atualmente não precisamos de uma Arca, ou algo parecido, para sinalizar a presença de Deus. O Senhor se faz presente pelo seu Espírito Santo, que habita o seu povo.
No dia da inauguração do Templo, depois que os sacerdotes saíram do santuário, uma nuvem encheu a Casa do Senhor (1Rs 8.10). Os sacerdotes não puderam ficar de pé, tamanha era a glória de Deus naquele lugar. Então, Salomão louvou e orou diante do altar, abençoando todo o povo.

CONCLUSÃO

Aprendemos, com a lição de hoje, que Deus abençoou e prosperou Davi e o seu reino, embora ele tenha enfrentado muitas crises. Mas Salomão recebeu a dádiva da sabedoria, e o seu reino foi ainda maior e mais próspero. Ele teve o privilégio de usar sua sabedoria para construir a Casa de Deus, um lugar de adoração ao Senhor que contribuiu também para fortalecer a unidade nacional. O Pai Celeste também deseja dar a você sabedoria para viver uma vida santa e vencer as crises que surgirem em sua caminhada.

QUESTIONÁRIO

O que Adonias fez diante da fragilidade do rei?

Quais as autoridades no reino que não apoiaram Adonias?

O que Bate-Seba fez depois de ouvir o profeta Natã?

Por que Deus não permitiu que Davi construísse o Templo?

O que Salomão pediu a Deus em Gibeão?

Pb. André. 
Colaborador da EBD

terça-feira, 13 de dezembro de 2016

ESCOLA DOMINICAL CPAD - Conteúdo da Lição 11 - Revista da CPAD - ADULTOS


O Socorro de Deus para Livrar o seu Povo

11 de Dezembro de 2016

TEXTO ÁUREO

"Os justos clamam, e o SENHOR os ouve e os livra de todas as suas angústias." Sl 34.17

VERDADE PRÁTICA

Deus é fiel no cumprimento de todas as suas alianças e promessas

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Ester 5.1-6

1 - Sucedeu, pois, que, ao terceiro dia, Ester se vestiu de suas vestes reais e se pôs no pátio interior da casa do rei, defronte do aposento do rei; e o rei estava assentado sobre o seu trono real, na casa real, defronte da porta do aposento.

2 - E sucedeu que, vendo o rei a rainha Ester, que estava no pátio, ela alcançou graça aos seus olhos; e o rei apontou para Ester com o cetro de ouro, que tinha na sua mão, e Ester chegou e tocou a ponta do cetro.

3 - Então, o rei lhe disse: Que é o que tens, rainha Ester, ou qual é a tua petição? Até metade do reino se te dará.

4 - E disse Ester: Se bem parecer ao rei, venha o rei e Hamã hoje ao banquete que tenho preparado para o rei.

5 - Então, disse o rei: Fazei apressar a Hamã, que cumpra o mandado de Ester. Vindo, pois, o rei e Hamã ao banquete, que Ester tinha preparado,

6 - disse o rei a Ester, no banquete do vinho: Qual é a tua petição? E se te dará. E qual é o teu requerimento? E se fará, ainda até metade do reino.

INTRODUÇÃO

O nome de Deus não aparece no livro de Ester, porém o Senhor está presente em todas as circunstâncias, intervindo em favor do seu povo. Veremos que a história de Ester, Mardoqueu e dos judeus foi delineada pela providência divina. Na lição de hoje, veremos que Deus age em prol dos que o servem.

I - A PROVIDÊNCIA DE DEUS

1. A providência divina na história de Ester.

A palavra providência vem do latim providentia e o prefixo "pro" significa "antes" ou "antecipadamente". O sufixo videntia deriva de videre que significa "ver". Logo, ao tratarmos a respeito da providência divina, dizemos que Ele faz e vê tudo antecipadamente. Deus estava ciente de todos os incidentes ocorridos no Império Persa. O Senhor estaria colocando uma jovem judia no palácio de Assuero para que mais tarde seu povo fosse salvo da destruição. Tal verdade nos mostra que os pensamentos de Deus são mais altos do que os nossos (Is 55.9). Deus está no controle de todas as coisas. Nada em nossa vida acontece por acaso.

2. A festa do rei.

Assuero era vaidoso, e, querendo ostentar sua glória, poder e riqueza a todos os súditos do império, decidiu fazer um grande banquete, que durou muitos dias, onde os convidados podiam comer e beber à vontade. Cento e vinte e sete províncias estavam representadas nesta festa. Assuero bebeu muito e, já dominado pela embriaguez, decidiu exibir a beleza da rainha Vasti para os convidados. 

3. A destituição da rainha.

Vasti recusou ser exibida como objeto naquela festa profana. Não podemos nos esquecer que todos, ali, estavam bêbados. Aquele não era o ambiente para uma rainha. Então, ela contrariou a ordem do rei; defendeu a sua posição, mas pagou caro por isso.

II - ESTER NO PALÁCIO DE ASSUERO

1. A busca de uma jovem para o lugar de Vasti.

Passado algum tempo da destituição de Vasti, alguns servos de Assuero sugeriram que ele buscasse moças virgens e formosas para que uma delas substituísse Vasti. Comissários de todas as províncias trouxeram candidatas ao palácio de Susã. As jovens ficaram aos cuidados do eunuco Hegai, que era guarda das mulheres. Entre todas as moças levadas ao palácio estava uma judia de nome Ester. Essa jovem logo ganhou a simpatia do eunuco do rei (Et 2.9). Ester não estava somente participando de um concurso. O Senhor estava direcionando seus passos, ali no palácio, para algo grande. Ela fazia parte do desígnio de Deus para ajudar o seu povo. Mas talvez não imaginasse isso. Deus tem um plano em sua vida. Ainda que você não consiga compreendê-lo inteiramente, confie no Senhor!

2. Mardoqueu e Ester.

Ester não chegaria ao palácio sem a ajuda de Mardoqueu, seu primo. Mardoqueu era um homem temente a Deus e estava entre os cativos judeus que serviam aos interesses do rei em Susã. Mardoqueu era um homem de fé e de profunda piedade espiritual; ele não havia perdido o sonho de libertação do seu povo e sabia que isto não aconteceria sem uma interferência de Deus. Era um homem que não recuava em seus propósitos ainda que isso lhe custasse a vida (Et 4.1,2). Mardoqueu deu uma excelente educação à Ester, cujos valores morais e espirituais serviram para torná-la um instrumento de Deus na salvação dos judeus.

3. Ester é escolhida para o lugar de Vasti.

Chegou a vez de Ester apresentar-se diante do rei. Ela superou todas as moças que até então haviam sido apresentadas, pois achou graça diante do rei. Com certeza era bela, mas foi o Senhor que fez o coração do rei se inclinar para ela. Mardoqueu orientou Ester para que ela não contasse a ninguém que era judia.

III - A CRISE CHEGA PARA O POVO DE DEUS

1. A trama de Hamã.

Hamã era uma espécie de primeiro-ministro de Assuero. Ele era o segundo homem mais importante do reino. Hamã era mau e enchia-se de ódio quando Mardoqueu não se inclinava perante ele. Por isso, traçou um plano para destruir todos os judeu. Ele persuadiu Assuero a fazer um decreto, ordenando a morte dos judeus. O rei aderiu ao plano de Hamã. Então foi feito um decreto para que todos os judeus fossem mortos e seus despojos saqueados (Et 3.13-15). A crise havia chegado para os judeus, trazendo tristeza e lamento. Mardoqueu vestiu-se de saco e foi para a porta do palácio de Assuero (Et 4.1-6). 

2. Ester toma conhecimento da trama contra seu povo.

Mardoqueu informou Ester acerca do decreto de morte do povo judeu. Ester disse que não poderia fazer nada, pois só lhe era permitido entrar na presença do rei caso fosse convidada. Então, Mardoqueu lembra-lhe de que ela foi colocada, pelo Senhor junto ao rei para aquele momento. Ele deixou claro que se ela não quisesse ajudar, Deus levantaria outra pessoa. A rainha não recusou ajudar seu povo. Ela pediu a Mardoqueu que reunisse todos os judeus a fim de jejuar por ela. Nos momentos de crise, não adianta lamentar e chorar. É preciso orar, jejuar e buscar a face do Pai até que Ele envie o seu socorro. 

3. A estratégia sábia de Ester.

Depois de orar, jejuar e buscar estratégias em Deus, Ester colocou suas vestes reais e foi para o pátio interior da casa do rei. Ao vê-la, o monarca apontou seu cetro e Ester tocou-o na ponta. O rei, deslumbrado pela beleza da rainha, perguntou-lhe: "Que é o que tens, rainha Ester, ou qual é a tua petição? Até a metade do reino se te dará" (Et 5.3). Ester convida o rei e Hamã para um banquete. Ester, então, informou ao rei que havia um plano para matá-la, bem como ao povo judeu e este plano havia sido tramado por Hamã. Isso enfureceu o rei. Ester desmascarou Hamã diante de Assuero. Hamã foi morto na forca que tinha preparado para Mardoqueu. O povo judeu foi salvo graças ao livramento divino e à disposição de Ester. Você está disposto a ajudar o país a sair da crise política e econômica em que se encontra? Então, ore e jejue em favor do Brasil. Peça a ajuda de Deus em favor dos milhares de desempregados e carentes que estão também em perigo, como o povo judeu.

CONCLUSÃO

Aprendemos, por intermédio da história da rainha Ester, que Deus salva o seu povo quando nos dispomos a orar, jejuar e agir. O Senhor colocou Ester no palácio com um propósito definido. Ele também tem abençoado a sua vida com um objetivo: abençoar os que sofrem e correm risco de morrer. Ester cumpriu a sua missão. Então, deixe que os propósitos divinos cumpram-se em sua vida.

QUESTIONÁRIO

Segundo a lição, qual o significado da palavra providência?

Por que Vasti se recusou comparecer ao banquete do rei?

Quem havia criado Ester e a levado até a fortaleza de Susã?

Qual a posição que Hamã possuía no reino de Assuero?

Qual a atitude de Ester ao saber da sentença de morte contra o seu povo?

Pb. André. 
Colaborador da EBD

ESCOLA DOMINICAL CPAD - Conteúdo da Lição 10 - Revista da CPAD - ADULTOS


Adorando a Deus em Meio a Calamidade

4 de Dezembro de 2016

TEXTO ÁUREO

"Louvai ao SENHOR, porque ele é bom; porque a sua benignidade é para sempre." Sl 136.1

VERDADE PRÁTICA

A nossa fé em Deus leva-nos a adorá-lo em meio às crises e dificuldades.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

2 Crônicas 20.1-12

1 - E sucedeu que, depois disso, os filhos de Moabe, e os filhos de Amom, e, com eles, alguns outros dos amonitas vieram à peleja contra Josafá.

2 - Então, vieram alguns que deram aviso a Josafá, dizendo: Vem contra ti uma grande multidão dalém do mar e da Síria; e eis que já estão em Hazazom-Tamar, que é En-Gedi.

3 - Então, Josafá temeu e pôs-se a buscar o SENHOR; e apregoou jejum em todo o Judá.

4 - E Judá se ajuntou, para pedir socorro ao SENHOR; também de todas as cidades de Judá vieram para buscarem o SENHOR.

5 - E pôs-se Josafá em pé na congregação de Judá e de Jerusalém, na Casa do SENHOR, diante do pátio novo.

6 - E disse: Ah! SENHOR, Deus de nossos pais, porventura, não és tu Deus nos céus? Pois tu és dominador sobre todos os reinos das gentes, e na tua mão há força e poder, e não há quem te possa resistir.

7 - Porventura, ó Deus nosso, não lançaste tu fora os moradores desta terra, de diante do teu povo de Israel, e não a deste à semente de Abraão, teu amigo, para sempre?

8 - E habitaram nela e edificaram nela um santuário ao teu nome, dizendo:

9 - Se algum mal nos sobrevier, espada, juízo, peste ou fome, nós nos apresentaremos diante desta casa e diante de ti; pois teu nome está nesta casa; e clamaremos a ti na nossa angústia, e tu nos ouvirás e livrarás.

10 - Agora, pois, eis que os filhos de Amom e de Moabe e os das montanhas de Seir, pelos quais não permitiste que passasse Israel, quando vinham da terra do Egito, mas deles se desviaram e não o destruíram,

11 - eis que nos dão o pago, vindo para lançar-nos fora da herança que nos fizeste herdar.

12 - Ah! Deus nosso, porventura, não os julgarás? Porque em nós não há força perante esta grande multidão que vem contra nós, e não sabemos nós o que faremos; porém os nossos olhos estão postos em ti.

INTRODUÇÃO

Na lição de hoje, estudaremos a respeito da pior crise que o rei Josafá teve que enfrentar. Com a história de Josafá, aprendemos que, em meio às crises, devemos orar e buscar o socorro de Deus. Veremos que o rei jejuou, orou e confessou sua incapacidade para resolver tal situação. Josafá teve fé. Por isso, recebeu a vitória. Em um gesto de gratidão, ele louva e adora ao Senhor. 

I - REINO DO NORTE E DO SUL

1. A divisão do reino de Israel.

Os livros dos Reis e das Crônicas apresentam a história da divisão entre as tribos do Norte e do Sul em Israel. O reino do Norte era formado por dez tribos e a capital era Samaria. O reino do Sul era formado por duas tribos, Judá e Benjamim, e a capital era Jerusalém. No dias de Roboão, filho de Salomão e Naamá, mulher amonita, o reino enfraqueceu. Com o enfraquecimento econômico do reino de Israel, Roboão resolve aumentar a carga tributária, que já era pesada desde os tempos de Salomão. Por causa desse encargo que Roboão não quis aliviar, as tribos do Norte de Israel romperam com as tribos do Sul (2 Cr 10.1-15).

2. O Reino do Norte.

O Reino do Norte conseguiu sobreviver por aproximadamente 200 anos. Foi governado por diferentes reis. Na sua grande maioria, os monarcas são identificados pela seguinte expressão: "era mau" aos olhos de Deus. A maldade dos governantes levou o povo de Deus a experimentar diferentes crises: políticas, sociais e religiosas.

3. O Reino do Sul.

Segundo o Guia do Leitor da Bíblia, este reino foi regido por 19 reis que pertenciam à família de Davi. Judá também enfrentou muitas crises e teve que lutar com os mesmos inimigos do Reino do Norte. Ambos os reinos sofreram crises ameaçadoras e graves.

II - O REI JOSAFÁ

1. Quem era Josafá (1 Rs 22.41-43).

Ele foi o quarto rei de Judá. Com 35 anos de idade, foi co-regente com seu pai, Asa, por três anos (1 Rs 22.41-50). Certamente ele teve como referencial de governo a espiritualidade do seu pai. Seu governo foi próspero. As Escrituras Sagradas afirmam que Deus era com ele, pois "andou nos primeiros caminhos de Davi, seu pai" (2 Cr 17.3). Josafá desfez os altares aos deuses que foram erguidos nos montes. Infelizmente, o Reino de Judá tomou o caminho da idolatria, seguindo o mau exemplo do rei Acabe e da rainha Jezabel.

2. O cuidado de Josafá em instruir o povo (2 Cr 17.1-19).

No terceiro ano de seu reinado, Josafá ordenou aos levitas e sacerdotes que fossem às cidades de Judá e ensinassem o "livro da Lei do Senhor". De cidade em cidade, esses homens reuniam o povo nas praças, uma vez que não havia sinagogas nem templos fora de Jerusalém, e ali ensinavam as pessoas.

3. A instrução e temor.

Os príncipes, os levitas e sacerdotes ensinavam ao povo a Lei de Deus (2 Cr 17.7,8). O ensino promoveu um grande temor no coração de todos (2 Cr 17.10). O temor a Deus é o princípio da sabedoria. Um povo que teme a Deus se tornará próspero. 

III - JOSAFÁ E SEUS INIMIGOS

1. A perigosa aliança feita com Acabe (2 Cr 18.1-3).

Josafá tornou-se rico e próspero, mas deixou de buscar ao Senhor e passou a agir por si mesmo, confiando apenas na sua capacidade e nos seus bens. Ele fez uma aliança com Acabe, um rei perverso que, juntamente com sua esposa, estabeleceu o culto a Baal no Reino do Norte. A aliança, selada por meio do casamento com uma das filhas de Acabe, lhe traria derrota moral, física e espiritual. Deus usou Jeú para repreendê-lo. O profeta mostrou ao rei Josafá o quanto a aliança que ele havia feito com Acabe aborrecera ao Senhor (2 Cr 19.2). Alianças feitas sem a orientação e a permissão de Deus sempre trazem prejuízos.

2. Josafá enfrenta a ameaça dos inimigos (2 Cr 20.1-12).

Os amonitas, os edomitas e os moabitas uniram forças para invadir Judá, cruzando o mar em direção a En-Gedi. Eles formaram um exército com muitos soldados, cavalos e armas. Então, Josafá temeu os seus inimigos. O seu medo o levou a buscar a Deus com jejum. Infelizmente, muitos só se lembram de buscar a Deus quando estão cercados pelas dificuldades. Não deixe para buscar a Deus somente nos tempos de crise; busque-o sempre.

3. A ação de Josafá.

Ele precisou agir rápido, pois um grande exército formado por vários inimigos vinha em sua direção. No momento de aflição e desespero, Josafá invocou o nome do Senhor, e apregoou um jejum (2 Cr 20.3). A oração e o jejum nos ajudam a vencer as crises. Era uma nação inteira buscando a Deus. Nenhum crente deve duvidar do poder da oração. O povo se humilhou diante de Deus, mostrando sua total dependência do Senhor. O objetivo era buscar o socorro e a misericórdia de Deus diante do iminente ataque do inimigo. Não há crise que não possa ser vencida quando oramos, jejuamos e confiamos no Senhor. Davi, em um dos seus cânticos, declarou: "Uns confiam em carros, e outros, em cavalos, mas nós faremos menção do nome do Senhor, nosso Deus" (Sl 20.7). É tempo de invocarmos o nome do Senhor em favor da nossa nação. Precisamos orar e jejuar a fim de que a crise política e econômica seja solucionada. Jesus declarou que determinadas castas de demônios só podem ser expelidas pela "oração e pelo jejum" (Mt 17.21). 

Deus mandou o profeta dizer ao povo que eles não precisariam lutar nem temer, pois Ele mesmo sairia e pelejaria em favor deles (2 Cr 20.17). Josafá e seus súditos creram na Palavra de Deus e adoraram e louvaram ao Senhor (2 Cr 20.18,19). Houve grande júbilo e a certeza da vitória que o Senhor daria ao seu povo. Quando os exércitos inimigos se aproximaram de Jerusalém e ouviram o som dos louvores, dizem as Escrituras Sagradas que eles caíram em emboscadas e se destruíram uns aos outros, sem que ninguém do povo precisasse fazer qualquer coisa. Os exércitos inimigos foram desbaratados porque Deus os confundiu (2 Cr 20.24). Aprendemos que o inimigo não pode resistir ao povo de Deus quando há oração, jejum e verdadeira adoração.

CONCLUSÃO

A história de Josafá é uma história de proezas. Ele buscou ao Senhor em jejum, oração e adoração e Deus lhe concedeu a vitória em tempos de crise. Se você está enfrentando, como o rei Josafá, uma terrível crise, não desanime. Não se renda diante das ameaças do inimigo. Ore, jejue, adore e veja o livramento do Senhor.

QUESTIONÁRIO

O reino do Norte era formado por quantas tribos e qual era a sua capital?

Quem foi o pai de Josafá?

Josafá foi um bom rei?

Qual foi a atitude de Josafá diante do iminente ataque do inimigo?

Josafá fez uma aliança errada com qual rei?

Pb. André. 
Colaborador da EBD

ESCOLA DOMINICAL BETEL - Conteúdo da Lição 12 - Revista Betel

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Quando a adoração perde o significado

18 de dezembro de 2016


Texto Áureo

“Estai em mim, e eu, em vós; como a vara de si mesma não pode dar fruto, se não estiver na videira, assim também vós, se não estiverdes em mim”. João 15.4

Verdade Aplicada

Quando a adoração perde o significado, tornamo-nos reféns das lógicas do resultado.

Textos de Referência.

João 15.1-3; 5-6; 8

1 Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o lavrador.

2 Toda vara em mim que não dá fruto, a tira; e limpa toda aquela que dá fruto, para que dê mais fruto.

3 Vós já estais limpos pela palavra que vos tenho falado.

5 Eu sou a videira, vós, as varas; quem está em mim, e eu nele, este dá muito fruto, porque sem mim nada podereis fazer.

6 Se alguém não estiver em mim, será lançado fora, como a vara, e secará; e os colhem e lançam no fogo, e ardem.

8 Nisto é glorificado meu Pai: que deis muito fruto; e assim sereis meus discípulos.

Introdução

Na imensa crise do esvaziamento, coreografias pouco interessantes roubam a beleza e a arte. Vivemos na era da técnica em detrimento a graça. Há muitos que vivem em “adoração”, mas que não geram frutos de arrependimento.

1. A crise do vazio.

A esmagadora maioria dos que vivem nos chamados “movimentos da adoração” da atualidade vive num atordoado esforço para destruir a monstruosidade do vazio. A falta de sentido é percebida na forma como se pretende orar; do exagero ao sufocamento, os extremos vão fazendo a rotina da adoração do vazio (Jo 4.23-24).

1.1. A distância entre ética e estética.

O vazio alimenta-se de um sofrimento secreto, que por sua vez, apela à máscara. O teatro comportamental rouba a cena alargando ainda mais a distância entre o adorar e o povo, e, também entre o adorador e Deus. O erro fundamental está no vazio existencial. Gente que “adora” sem vida Morte no altar. Isso gera um profundo choque entre ética e estética: é o parecer superando o ser. Por essa razão, as características de shows são mais viáveis do que o culto. No show, tudo é produto de uma mistura entre o frenesi da massa e o desempenho dos astros, mas o culto só acontece quando os astros são destronados e o Soberano Deus é adorado como Santo.

1.2. A perigosa via dos extremos.

Para encobrir a vergonha do vazio, muitos se aventuram na perigosa via dos extremos: de um lado, uma melosidade sentimentalista que escraviza emoções. Gente produzindo uma espécie de estelionato emocional, onde as lágrimas são forçadas, sequestradas de sua inocência. Do outro lado, uma carnavalização folclórica que, em nome da liberdade cristã, “santifica” o ridículo (gente rolando no chão, imitando bichos, cabelos esvoaçantes, etc.). Essas taras sentimentalistas nada mais são do que fugas da normalidade. Gente que não suporta o silêncio. Gente que odeia a cadência normal dos dias. Gente viciada numa espécie de adrenalina espiritual. Gente que, se parar, percebe o vazio, e sofre. Gente que destrói o significado da adoração, porque disfarça seu vazio ao invés de preenchê-lo na presença do Altíssimo.

1.3. A terrível inversão dos valores.

Essa geração do vazio é rápida em inverter os valores. Humildade vira defeito, orgulho vira virtude. O vazio engole os valores. Grande parte das pessoas hoje luta por causas sem sentido. Uma das formas mais eficazes de desligar-nos de Deus é invertendo os calores. É gritando a graça com a fúria da lei. É caindo na tentação de ser o dono do nosso próprio culto. Se a adoração for invertida, Deus saíra de cena. Igreja sem Deus é apenas acúmulo de vazio (Jo 15.6).

2. A fixação dos resultados exteriores.

A adoração da atualidade corre atrás de resultados. Isso é tão notório que o linguajar do marketing virou rotina: publico alvo, estratégias de alcance, pesquisas de gêneros musicais, mídia. Essa tentação do retorno é fruto dos olhos seduzidos pelos “reinos do mundo e seu esplendor” oferecidos a Jesus pelo diabo no deserto (Mt 4.8). Esse é um grande motivo para mantermos nossos olhos constantemente lubrificados pela graça de Deus.

2.1. A interioridade negligenciada.

Vivemos a era da desvalorização das essências. O que vale é o espelho, não o rosto. Na tentação dos resultados exteriores, ignora-se a alma amordaçada. Ignora-se a tortura que ocorre no íntimo. Por isso, muitos dos “artistas” acabam nos consultórios psiquiátricos, em abismais depressões. Alimentam a mentalidade mitológica e sofrem por medo do esquecimento. Esse comportamento gera um fenômeno conhecido como “celebridade instantânea”, gente descartável. Enquanto dão algum prazer à massa, são amados e idolatrados, mas quando o encantamento se esvai, entram nos domínios de sua interioridade negligenciada e ferida para recolherem os estilhaços de sua vitrine sentimental.

2.2. A difícil conciliação entre a agenda pessoal e a intimidade com Deus.

Elevados a categoria de celebridades, muitos vivem escravizados pelas agendas. Perdem o contato com a família, com a Igreja local. Perdem o chão. Como dizia o poeta: “os mais belos hinos e poesia foram escritos em tribulação”. Os hinos e poesias de hoje são escritos em “tripulação” – no avião, na correria entre uma agenda e outra, na escada entre um palco e outro. É doloroso observar o esforço desumano que fazem para manter a imagem de santos, quando já perderam o caminho da santidade. Nenhum santo é feito no palco, mas na sarça, na fornalha, no deserto, no vale (Gn 32.22-32; Êx 3.2; Dn 3.1-30; 1Rs 19.1-21).

2.3. E quando o resultado não vêm?

A grande tragédia dessa geração do vazio é mirar no horizonte dos resultados e não vislumbrar esperança. Se o resultado não acontece, a inquietação rouba o sono. Como o mundo de hoje fabrica deuses com extrema velocidade, o medo do esquecimento leva a tentação de manipular falsos resultados. A mentira começa a governar a vida. Uma verdade precisa ser resgatada com urgência: aquilo que o Espírito Santo não quer fazer, marqueteiro nenhum pode produzir! (Gl 6.7).

3. A escravização do verbalismo.

Muitos são os que ainda carregam a síndrome da mulher samaritana: “Jerusalém ou Gerizim?” (Jo 4.20) Mais do que lugares, geografias demarcadas, era um jeito estabelecido de adorar – o império do tecnicismo.

3.1. A problemática gospel.

Existe hoje uma “cultura gospel”. Um movimento musical, o gospel, explodiu na última década do século XX entre os evangélicos e deu forma a um modo de vida configurado pela tríade: música, consumo e entretenimento. O problema dessa “cultura gospel” é que seu discurso é profundamente distante de sua prática. O verbalismo afirma Deus como Senhor, mas a prática cultua deuses descartáveis do orgulho e da fama.

3.2. Muita criatividade, pouco bom senso.

O conceito de profecia foi banalizado. Tudo hoje virou “profético”. Não contente com o vocábulo “profético” criam-se objetos proféticos, numa espécie de animismo eclesiástico: é óleo ungido, vara do poder, corredor do fogo, mãos ungidas, etc. A lista é longa, curiosa e desesperadamente “profética”. São nossas “Jerusalém e Gerizim”. Geografias ocultando corações. Criatividade duvidosa suprimindo o bom senso. Não basta termos um elaborado jargão profético, uma gramática ungida ou um dicionário de pode, mas sim, uma vida íntegra, humilde e digna diante do Senhor. Deus procura homens e mulheres de coração aberto (Jo 15.5).

3.3. A tentação da sofisticação.

A preocupação com o sofisticado leva essa geração à fuga da simplicidade. Cantar que Jesus é bom e salva o pecador é considerado retrógrado, passado, sem impacto. É preciso florear, carregar no apelo do marketing. É preciso “dar um trato” em Jesus. Essa crise é tão forte que tem aprisionado muitas almas. Muitos, em nome dessa sofisticação, alimentam a teatralização da própria existência. É gente que não suporta quando o culto termina no domingo à noite, pois sabe que o monstro da segunda-feira virá. Esse vazio machuca muitos “adoradores”.

Conclusão.

Estamos na era das ilusões. Para que não sejamos levados por essa forte correnteza, carecemos de bases sólidas, firmes na rocha, um trabalho de estruturação genuíno e fiel. Que o Agricultor por excelência tenha liberdade para nos podar, para que nossa adoração gere frutos de eternidade.

Questionário.

1. Como a falta de sentido é percebida?

2. O que é a Igreja sem Deus?

3. Qual a verdade que precisa ser resgatada com urgência?

4. O que muitos ainda carregam?

5. O que Deus procura?

Pb. André. 
Colaborador da EBD

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