quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

ESCOLA DOMINICAL BETEL - Conteúdo da Lição 13 - Revista da Editora Betel


Enfrentando o Falso Culto

25 de dezembro de 2016


Texto Áureo

Então, invocai o nome do vosso deus, e eu invocarei o nome do Senhor; e há de ser que o deus que responder por fogo esse será Deus. E todo o povo respondeu e disse: É boa esta palavra. 1Reis 18.24

Verdade Aplicada

Só podemos combater com eficácia o falso culto através da Palavra de Deus, nossa regra de fé e prática.

Textos de Referência.

1Reis 18.20-22; 30

20 Então, enviou Acabe os mensageiros a todos os filhos de Israel e ajuntou os profetas no monte Carmelo.
21 Então, Elias se chegou a todo o povo, e disse: Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o Senhor é Deus, segui-o; e, se Baal, segui-o. Porém o povo lhe não respondeu nada.
22 Então, disse Elias ao povo: Só eu fiquei por profeta do Senhor, e os profetas de Baal são quatrocentos e cinquenta homens.
30 Então Elias disse a todo o povo: Chegai-vos a mim. E todo o povo se chegou a ele; e reparou o altar do Senhor, que estava quebrado.

Introdução

Enfrentar o falso culto não é uma tarefa agradável, é, não raro, a antipatia é o menor preço da verdadeira profecia. Foi assim com Elias, que teve um difícil trabalho, sob a ameaça de Jezabel, a defensora do falso culto.

1. Como enfrentar o falso culto.

Sob a orientação de Deus, Elias resolveu chamar os profetas de Baal para um desafio (1Rs 18.19). Era o momento de o povo de Deus decidir; ou servia ao Deus verdadeiro de modo verdadeiro ou a Baal no seu falso culto (1Rs 18.21).

1.1. Enfrentar o falso culto com convicção.

Para enfrentá-lo, devemos, na graça de Deus, ter muita convicção. O profeta Elias chama o povo a uma convicção: “Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o Senhor é Deus, segui-o; e, se Baal, segui-o.” (1Rs 18.21). Nesta pergunta, vemos a fé vivida por Elias. Antes de ver o fogo cair do céu e a grande vitória, Elias crê, e está convicto, de quem é o verdadeiro Deus, pois o povo parece não saber e demonstra dúvida. A ignorância leva a tibieza. Quando o povo fica na teologia do “acho”, não há firmeza, e uma grande maioria fica em cima do muro. Até quando coxear entre dois pensamentos? É preciso convicção e mais profundidade bíblica, mais amor pela verdade e paixão pela Palavra de Deus.

1.2. Enfrentar o falso culto com definições claras.

A indefinição é característica do falso culto. Vivemos num mundo de indefinições. Ser definido é ser dogmático, e ser dogmático é algo, às vezes, detestável. As filosofias, a comunicação, a experiência, a procura de paz e a boa convivência têm marcado o nosso tempo com indefinições na área moral, eliminando a censura e, na honestidade, com tibieza. Em tudo se procura “fazer média”, mantendo as aparências e identificando-se com os pontos comuns (Ap 3.15). Elias chama o povo a uma definição: “Se o Senhor é Deus, segui-o; e, se Baal, segui-o.” (1Rs 18.21). Por que ficar no meio termo? Tentar servir a Deus e ao mundo? Precisamos de definições. A Igreja não pode enamorar-se do mundo. É hora de definição moral, teológica e litúrgica. É hora de abandonarmos a teologia relativista. É hora de definição.

1.3. Enfrentar o falso culto com a Palavra de Deus.
“E há de ser que o deus que responder por fogo, esse será Deus.” (1Rs 18.24). Somente através da confiança e grande experiência com Deus poder-se ia propor tal desafio. Para enfrentar o falso culto, precisamos estar calçados com a verdade e com a fé acima de tudo (Ef 2.8). O profeta Elias tinha conhecimento experimental de Deus e isso o colocava em grande vantagem perante os falsos profetas. Hoje temos a Palavra escrita que é o filtro para esses falsos cultos (2Tm 3.16). A Palavra de Deus nos liberta do mal e nos revela a clareza doutrinária (Sl 119.105). O nosso manual de fé e prática é a Palavra de Deus. Quando nós obedecemos à verdade que está contida na Palavra de Deus podemos estar certos da nossa salvação (Sl 1.3).

2. Características do falso culto.

Jesus denunciou o culto hipócrita, causado pelo apego à mera formalidade, aos ritos, sem correspondência interior. Por fora tudo estava correto, mas interiormente essas ações litúrgicas não eram expressões de um coração agradecido. Era por essa razão que aquele culto se tornava uma coisa abominável ao Senhor.

2.1. O culto falso é seguido pela maioria.

Quando examinarmos o falso culto, aprendemos que ele é sempre seguido pela maioria. Elias reclama que ele está só e que os profetas de Baal são 450! (1Rs 18.22). Precisamos lembrar desta verdade solene: a maioria se perderá. Foi assim na época de Noé e de Sodoma. O povo de Deus foi dizimado e permaneceu o “toco”, a “santa semente”, salvou-se o “renovo”. Não é diferente hoje. Muitos são chamados e poucos os escolhidos. Na época dos profetas, a multidão ia ao templo, mas o seu coração estava longe do Senhor.

2.2. O culto falso tem um fogo falso.

O culto falso é um culto em que falsos fogos são admitidos. Elias estabeleceu que o fogo deveria vir do céu (1Rs 18.23). Deus não aceita fogo estranho em seu culto. Os dois filhos de Arão morreram por causa disto: trouxeram fogo estranho ao culto do Senhor. Há muita coisa estranha hoje no culto a Deus. Muitos por falta de conhecimento das escrituras têm admitido no culto o fogo do “entusiasmo”, fabricados por “animadores” e acrescentam novidades ao culto, tornando-o um “show”. Será que Deus está se agradando de tudo isso?

2.3. O culto falso tem um movimento estranho.

Os profetas de Baal desenharam uma extraordinária coreografia. Eles dançavam. As religiões primitivas procuraram servir aos seus deuses com danças (1Rs 18.26). O culto é chamado por Paulo de culto racional (Rm 12.1-2). No Novo Testamento, o culto é pela fé, pois o justo vive pela fé. Os profetas de Baal gritavam, manquejavam e se cortavam (1Rs 18.26-28). Era um culto longo. (1Rs 18.29). Muitos movimentos, muitas palavras, muitas repetições. Nosso Deus é de ordem, paz e harmonia.

3. Características do culto restaurado.

O culto falso é mera catarse psicológica, mera movimentação física. Resulta no vazio (Ef 2.11-12). O divórcio entre a adoração e a vida prática é inevitável. É um culto templário apenas (At 17.16). É um teatro, um “Show”, mas sem nenhum vínculo de vida prática.

3.1. Restaurando o antigo altar.

Elias restaurou o antigo altar de seus pais (1Rs 18.30). O mesmo altar em que adoravam seus antepassados. Há os que pensam que “novidade” é a marca do verdadeiro culto. Pensam que algo para ser bom tem de ser novo. Criam preconceitos contra o antigo (Jó12.12). Esquecem as solenes palavras do sábio de que “nada há novo debaixo do céu” (Ec 1.9). AS heresias vão e voltam apenas com uma nova roupa. Os pecados dos homens continuam os mesmos (Rm 3.23). O homem não inventou nova forma de pecar, pratica os mesmos pecados condenados por Moisés. Não conseguiu outro escape, senão pelo arrependimento e fé em Jesus (Ef 2.8). Devemos permanecer na “doutrina dos apóstolos” (At 2.42). Nosso altar está delineado a na Palavra (Jo 4.23).

3.2. Um culto de acordo com a Palavra.

Elias mostra precisão. Ele usa pedras e não outro material (1Rs 18.31). Não quis fazer uso de sua criatividade. Obedece. Doze pedras conforme a Palavra. Poderia ter feito um altar mais vistoso! Com mais luzes! Também obedece ao horário (1Rs 18.36). Deus havia determinado a hora do sacrifício. Elias obedeceu e invoca o nome do Senhor. O que temos de gente criativa hoje, inventando novas formas cultuais (2Sm 6.3-7). Nosso culto deve ser de acordo com a Palavra (1Co 14.26).

3.3. Nosso culto deve ser dirigido a Deus.

Elias se dirigiu a Deus da Aliança, Deus de seus pais. Nosso Deus tem uma história com Seu povo. Ele é um Deus que se revelou nos caminhos de Sua Palavra, na expressão de nossa história. Ele é o Deus de Abraão, Isaque e Jacó (1Rs 18.36). Nosso culto é voltado para o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Deus trino de nosso credo. O Deus que nunca abandonou Seu povo, mas que tem pelos milênios se mostrado Salvador (Mt 4.10).

Conclusão.

O culto deve ser como a Palavra de Deus estabelece! Devemos adorar o Deus do nosso credo! O Deus de Abraão, Isaque e Jacó! O Deus Soberano e Amoroso, que, em Cristo e por Cristo, nos abriu o caminho até Ele na verdadeira adoração espiritual. Que o Eterno seja sempre glorificado!


Questionário.

1. Quem chamou os profetas de Baal para um desafio?

2. De acordo com a lição, o que a Palavra de Deus faz?

3. De onde deveria vir o fogo?

4. Como as religiões primitivas procuravam servir aos seus deuses?

5. Como deve ser nosso culto?

Pb. André. 
Colaborador da EBD

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